Sem salários desde julho, médicos da UPA Petrópolis são demitidos
Funcionários das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Petrópolis ainda não receberam o salário referente ao mês de julho. O dinheiro deveria ter sido depositado no dia 5 de agosto, porém, a Cruz Vermelha, responsável pela administração das unidades de saúde, ainda não fez o depósito e também não deu previsão aos trabalhadores quanto a […]
Funcionários das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Petrópolis ainda não receberam o salário referente ao mês de julho. O dinheiro deveria ter sido depositado no dia 5 de agosto, porém, a Cruz Vermelha, responsável pela administração das unidades de saúde, ainda não fez o depósito e também não deu previsão aos trabalhadores quanto a uma nova data para o recebimento. Todos os funcionários estão de aviso prévio por conta do término do contrato da prefeitura com a entidade.
Com isso, os funcionários estão sendo demitidos pela CVB, devido a troca de Organização Social que passará a administrar as UPAS. A partir de então, o Consórcio Saúde Legal antecipou sua gestão em 6 dias, onde administrará a partir desta quinta-feira (21), duas unidades na região serrana do Rio, em Petrópolis, sem diálogo com os médicos, que terão seus direitos trabalhistas ameaçados.
“Essa empresa vai assumir o controle da UPA sem ter acertado com nenhum médico e provavelmente vai começar a procurar desesperadamente por médicos para nos cobrir pelo valor que não estamos aceitando.” em nota enviada à imprensa.
A nova empresa quer contratar os médicos por meio da cooperativa RENACOOP, na qual os funcionários teriam que se tornar sócios para trabalhar. A partir disso perderiam direitos básicos garantidos pela CLT, sem poder se quer ficar doentes. O salário vai ser o mesmo que recebiam da Cruz Vermelha Brasileira, já muito defasado em relação aos outros municípios. Essa mudança é benéfica apenas para o dono do consórcio que não precisará pagar encargos trabalhistas e extremamente prejudicial para os servidores.
Trabalhadoras e trabalhadores das unidades se recusam a fechar acordos com a cooperativa e exigem que a empresa os contrate a partir da CLT, ou que exista um argumento substancial dos valores pagos por cada plantão realizado. Nesta quinta-feira, (21), em resposta ao descaso do governo do Rio de Janeiro com a saúde pública, os médicos não compareceram à unidade.