Mauro Cid, Pazzuelo e Braga Netto integram ‘kids pretos’, grupo de elite do Exército com digitais no 8 de Janeiro
‘Kids Pretos’ é uma elite do Exército Brasileiro especializada em ações de sabotagem e insurgência popular
‘Kids Pretos’ é uma elite do Exército Brasileiro especializada em ações de sabotagem e insurgência popular
Resumo da notícia:
- Bolsonaro se cercou de militares conhecidos como “kids pretos”, uma elite do Exército especializada em sabotagem e insurgência popular;
- Alguns desses militares ocuparam posições importantes no governo, como os ex-ministros Luiz Eduardo Ramos, Eduardo Pazuello e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid (atualmente preso);
- Mensagens interceptadas revelaram pressão para que o Exército liderasse um golpe de Estado, buscando obter a Garantia da Lei e da Ordem (LGO) que permitisse aos militares administrar uma situação caótica resultante;
- As invasões violentas de prédios públicos em janeiro de 2023 revelaram demonstrações de planejamento e treinamento em sabotagem e insurgência por parte dos “kids pretos” e seus aliados, sugere a reportagem da Piauí;
- Suspeita-se que o objetivo desse grupo era levar o país a uma guerra civil e inviabilizar o governo de evitar a militarização e o controle das estruturas civis.
Bolsonaro cercou-se de militares conhecidos como “kids pretos”, uma elite do Exército Brasileiro especializada em ações de sabotagem e insurgência popular, revelou a Piauí.
Esses militares tiveram papéis de destaque em seu governo, incluindo os ex-ministros Luiz Eduardo Ramos e Eduardo Pazuello, além do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que está preso atualmente. Mensagens interceptadas no celular de Mauro Cid revelaram pressão para que o Exército liderasse um golpe de Estado, com o objetivo de obter a Garantia da Lei e da Ordem (LGO) que permitisse aos militares administrar uma situação caótica resultante.
A reportagem com as revelações é assinada pelo jornalista Allan Abreu e foi ao ar na última terça-feira (6).
Em janeiro de 2023 ocorreram invasões violentas de prédios públicos pelos seguidores de Bolsonaro. A investigação sobre esses eventos revelou detalhes que exigiriam treinamento em sabotagem e insurgência, incluindo o uso de granadas e táticas para derrubar o controle. Esses atos não poderiam ser atribuídos apenas a uma multidão desorganizada, sugerindo um planejamento por parte dos “kids pretos” e de seus aliados.
A suspeita é que o objetivo desse grupo era levar o país a uma guerra civil e inviabilizar o governo de frear o processo de militarização e controle das estruturas civis. Sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), houve uma expansão de privilégios, cargas e recursos para os militares, alimentando a ideia de uma tutela militar sobre o poder civil.
O fato de Bolsonaro ter sido cercado por militares e ter mantido sua influência mesmo após deixar a liderança indica que ele atuou como um “Cavalo de Tróia” para esse grupo de elite. Ainda há muitos aspectos a serem esclarecidos sobre a participação dos “kids pretos” e a extensão de suas ações durante e após o mandato de Bolsonaro.