Cid assumiu a responsabilidade por tentar fraudar os registros do Ministério da Saúde ao emitir documentos falsos

Foto: Cristiano Mariz/Ag. O Globo

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, recentemente libertado da prisão após assinar um acordo de delação premiada, revelou que entregou em mãos para Bolsonaro o dinheiro das joias vendidas, segundo informações publicadas na revista Veja nesta quinta-feira. O veículo publicou que a delação ofereceu informações importantes durante seu depoimento à Polícia Federal (PF). Confira os principais pontos:

Venda de joias para Bolsonaro: Mauro Cid afirmou ter entregue pessoalmente a Jair Bolsonaro o valor da venda de joias oficiais. Ele admitiu ter participado da venda de dois relógios de luxo recebidos pelo ex-presidente e confirmou ter repassado o dinheiro obtido no negócio a Bolsonaro. Cid justificou sua ação afirmando que Bolsonaro estava preocupado com sua situação financeira.

Falsificação de cartões de vacinação: Cid assumiu a responsabilidade por tentar fraudar os registros do Ministério da Saúde ao emitir documentos falsos que atestavam a vacinação dele, sua esposa e suas filhas contra a Covid-19. A motivação era ter uma espécie de “salvo-conduto” em caso de perseguições após o término do governo.

Roteiro golpista encontrado em celular:
Um roteiro com teor golpista foi encontrado no celular de Mauro Cid, sugerindo a anulação das eleições do ano passado, intervenção no Supremo Tribunal Federal (STF) e convocação de uma nova eleição. Cid afirmou que seu telefone recebia várias mensagens sobre temas semelhantes, mas ele não repassava essas informações ao presidente Bolsonaro.

Medidas: Após sua libertação da cadeia, Mauro Cid está sujeito a diversas medidas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, permanecer em casa durante a noite e fins de semana, além de comparecer semanalmente à Justiça de Brasília.