Ícones do futebol feminino mundial, elas saíram de sua última Copa com derrotas inimagináveis

Por Luana Nunes

A Copa do Mundo Feminina de 2023 está sendo repleta de despedidas. Ícones do futebol feminino como Marta (Brasil), Megan Rapinoe (Estados Unidos) e Christine Sinclair (Canadá) deixaram a Copa de forma inesperada, marcando o final de suas carreiras com derrotas inimagináveis.

Marta, eleita 6 vezes a melhor jogadora do mundo, está com 37 anos e anunciou, antes de sua estreia na Copa, que essa seria sua última competição em Mundiais. A dona da camisa 10 do Brasil, cuja carreira impecável sempre será lembrada, infelizmente, se aposenta sem conquistar nenhuma estrela pela Seleção Brasileira. Em empate com a Jamaica, o Brasil foi eliminada ainda na fase de grupos.

“A Marta acaba aqui. Não tem mais Copa para a Marta. Mas estou muito grata pela oportunidade que tive de jogar mais uma Copa. Mas estou muito contente com tudo o que acontece no futebol feminino, que está evoluindo. E do que vem para elas, que é só o começo. Mas para mim é o fim da linha”, afirmou Marta.


“É difícil falar num momento desses. Nem no meu pior pesadelo esta era a Copa que eu sonhava. Mas é só um começo. O povo brasileiro pediu renovação e está tendo renovação. A única velha sou eu e a mais próxima de mim é a Tamires. Temos meninas de muito talento e um caminho enorme pela frente. Eu termino aqui e elas continuam”, completou.

Sinclair, que era a grande atacante do Canadá, está com 40 anos e já havia dito, em entrevistas, que essa seria a última Copa do Mundo de sua carreira. Com uma história brilhante dentro dos campos, a camisa 12 marcou mais de 190 gols pela seleção canadense, sendo 10 deles em Mundiais.  O Canadá perdeu por 4 a 0 para a Austrália, saindo também na fase de grupos.

“É o fim da Copa do Mundo e provavelmente não irei jogar outra Copa do Mundo. Estou deixando o campo, pela última vez, em uma Copa do Mundo”, afirmou Sinclair, em entrevista à “TSN”.

Rapinoe, camisa 12 e maior ícone dos Estados Unidos no Futebol Feminino, com 38 anos, anunciou que irá se aposentar no final de 2023. Sendo uma grande representatividade dentro e fora dos campos, Megan é bicampeã mundial e medalhista de ouro olímpica. Com uma derrota inimaginável e perdendo seu pênalti, nas oitavas de final do Mundial, a Seleção Estadunidense foi desclassificada pela Suécia.

Foto: Asanka Brendon Ratnayake / Reuters

“É uma piada. É por isso que tenho esse sorriso no meu rosto. Você está brincando comigo. Vou perder o pênalti… honestamente, não me lembro a última vez que perdi. Há um longo tempo. Acho que em 2018. Mas é assim que acontece. Definitivamente, pensei sobre isso antes. É sempre uma possibilidade quando entra. Mas achei que ia conseguir. Pensei que todas fossem e que Alyssa salvaria cada uma delas. Pensei que seria ótimo. Então, sim, iria me apresentar e tentar.”, ironizou Rapinoe.

“As “crianças” estão tomando conta. O que é uma coisa ótima. Muitas jogadoras do nosso time são jovens e talentosas. Eu acho que são 13 ou 14 jogadoras em sua primeira Copa do Mundo, então todas estarão de volta e melhor em apenas quatro anos. É triste. Temos algumas das melhores jogadoras no campo e fora que a Copa do Mundo já viu, Marta e Sinclair. Ser capaz de estar na atmosfera com todas essas jogadoras ao mesmo tempo foi muito especial. Agora é a hora para seguirmos em frente e as mais novas surgirem. Estamos vendo no torneio e no nosso time. Este é um período de transição. É um futuro muito emocionante para o futebol.”, informou Rapinoe.

O mundo inteiro nunca esquecerá a representatividade que essas grandes mulheres e jogadoras foram para a sociedade. Não só dentro dos campos, usando sua genialidade com a bola nos pés, mas também fora deles, por toda luta e inspiração que trouxeram para o futuro do Futebol Feminino. Obrigada Marta, Sinclair e Rapinoe, pela esperança que vocês carregaram em seus pés e em seus corações.

Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube