Marieta Severo: “jovens, olhem-se menos no espelho, pelo amor de Deus!”
Entrevista concedida a revista Marie Clarie volta a repercutir em discussão sobre etarismo
Uma entrevista concedida pela Marieta Severo à revista Marie Clarie voltou a ganhar repercussão nesta semana, na reta final da novela em que a atriz participa na TV Globo. Em uma conversa sobre etarismo, Marieta, que tem hoje 75 anos de idade, provoca um grande debate sobre envelhecimento, juventude e a obsessão pelo corpo perfeito.
O diálogo que mais ganhou as manchetes após entrevista foi justamente sobre a preocupação com sua jovialidade. “Posso estar toda enrugada, mas quero os meus neurônios todos funcionando. Porque aí invento a minha vida”, ela disse.
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Com os cabelos completamente brancos, fato que ela cita como uma “enorme conquista”, a atriz comenta que há algum tempo a questão do etarismo não era uma grande novidade. “Você ficava velha e dane-se! Perdeu o seu lugar”. Quando ela tinha 20, 30 ou 40 anos, esta não era uma grande preocupação. Hoje em dia, nesta idade, pessoas de determinada classe social já estão pensando em intervenções no próprio corpo.
“Jovens, olhem-se menos no espelho, pelo amor de Deus. Tenho certa preocupação em como serão os egos. Fico vendo as crianças, os adolescentes, e penso: o que vai acontecer na vida dessas pessoas que ouvem o tempo todo que são maravilhosas e incríveis?! A vida é feita de aprovações e desaprovações. Lidar com frustrações é importante. Tenho a impressão de que não há mais espaço para frustração”, disse.
Ela foi lembrada de quando falou sobre “botox cerebral” em uma conversa para a TV Cultura. À época ela já havia declarado despreocupação com as rugas. “É verdade. Meu grande temor é perder as faculdades mentais, aí a vida acaba. Claro que me cuido, passo cremes. Faço laser para tirar as manchas porque sou uma pessoa do sol. Mas o que desejo é lucidez e inteligência. E olha que eu disse isso muito antes de acontecer o que aconteceu com Aderbal… Posso estar toda enrugada, mas quero os meus neurônios todos funcionando. Porque aí invento a minha vida”.