Marcha da Maconha acontece no próximo sábado (17) em São Paulo, com apoio de movimentos sociais
Concentração começa a partir das 14h20 no vão livre do MASP
Concentração começa a partir das 14h20 no vão livre do Masp
No próximo sábado, dia 17 de junho, a partir das 14h20, o vão livre do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) será palco da concentração da 15ª edição da Marcha da Maconha São Paulo. Esse evento já se tornou uma parte importante da agenda autônoma da cidade e espera-se que reúna uma multidão de pessoas, com destaque para jovens residentes das periferias e região metropolitana, seguindo uma tendência dos últimos anos.
Com o eixo “Antiproibicionismo por uma questão de classe – Reparação por necessidade”, a Marcha da Maconha São Paulo 2023 reafirma seu posicionamento pelo fim da guerra às drogas e seu compromisso com os direitos humanos de todas as pessoas.
Além dos elementos já tradicionais, como o grande bandeirão e o “maconhaço”, a Marcha planeja realizar uma ação visual impactante no final do evento, bem como intervenções ativistas durante a concentração.
A data e a trajetória da manifestação foram oficialmente comunicados à Prefeitura de São Paulo em fevereiro de 2023, com ampla divulgação nas redes sociais, em atendimento ao artigo V da Constituição Federal, que garantiu o direito à livre manifestação e reunião. Essa decisão também se baseia na ADPF 187/2011 do Supremo Tribunal Federal (STF), que legalizou a realização de marchas da maconha em todo o território nacional.
Do Masp, o ato seguirá pela Avenida Paulista e descerá pela Rua da Consolação até chegar à Praça da República, no Centro da cidade.
Os movimentos sociais parceiros também estarão presentes na Marcha da Maconha São Paulo. Os Guarani Mbya, da Terra Indígena Jaraguá, vão lutar contra o PL 490/Marco Temporal. Moradores, ativistas e trabalhadores envolvidos na redução de danos da Cracolândia, localizada no centro de São Paulo e uma das áreas mais criminalizadas pela política de guerra às drogas, também marcarão presença. Além disso, um grupo da Marcha das Favelas, diretamente do Rio de Janeiro, participará do evento, proporcionando um intercâmbio ativista e político de grande importância para o movimento social antiproibicionista brasileiro.
O bloco terapêutico, composto por pacientes e familiares que fazem uso medicinal da maconha, estará mais uma vez presente em grande número, assim como o bloco LGBTQIA+ e o Bloco Feminista, que distribuirá seu manifesto durante o evento.