A Av. Paulista, em São Paulo, voltou a ser palco de manifestações hoje (12) logo após a divulgação da sentença do juiz Sérgio Moro, que condenou, em primeira instância, o presidente  Lula por corrupção passiva no caso do Triplex do Guarujá. A decisão prevê 9 anos e 6 meses de prisão em regime fechado e 19 anos impossibilitado de assumir cargos públicos.

Os manifestantes, indignados com a condenação do ex-presidente, começaram a se concentrar no vão do MASP às 17h, convocados pelo Partido dos Trabalhadores e por Movimentos Sociais. Cerca de 5 mil pessoas aderiram ao ato.

Amanhã (13) o Lula vai conceder uma entrevista coletiva na sede do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, comentando a decisão do juiz do Paraná.

Foto: Eduardo Figueiredo / Mídia NINJA

Bem próximo, em frente à FIESP, manifestantes de direita comemoraram a sentença, com mensagens de apoio ao juiz Sérgio Moro e queimando a bandeira do Partido dos Trabalhadores.

Foto: Eduardo Figueiredo / Mídia NINJA

Os advogados de Lula deram uma entrevista coletiva no fim da tarde, pontuando que a condenação trata-se de uma perseguição política ao ex-presidente, e que Lula está indignado com a sentença sem provas. Eles argumentaram que a decisão já estava tomada, e que o processo foi um “pretexto” do juiz, que “há muito tempo já demonstrou sua parcialidade em declarações públicas”.

Diversas lideranças políticas se posicionaram contra a decisão, como o líder do MTST Guilherme Boulos. “Se consumou hoje uma farsa judicial. Desde o início do processo o juiz Sergio Moro se comporta como promotor, e não como juiz. Isso é um absurdo. Utilizar artifícios judiciais para inviabilizar Lula na eleição, é levar no Tapetão”, afirmou.

Agora o processo segue para o Tribunal Regional Federal (TRF), de Porto Alegre. Caso a decisão seja mantida, Lula sairá da disputa eleitoral, pois estará enquadrado na Lei da Ficha Limpa, e passará a pena em regime fechado.

Foto: Eduardo Figueiredo / Mídia NINJA