Nesta sexta-feira, 5 de abril, uma mobilização de movimentos sociais, organizações populares e partidos políticos de esquerda aconteceu na capital paulistana, São Paulo, em protesto contra o genocídio das crianças palestinas na Faixa de Gaza.

A concentração teve início às 10h na Estação Berrini da CPTM, de onde os participantes partiram em marcha até o Consulado de Israel. Durante o percurso, aconteceram intervenções com faixas, cartazes e bandeiras em denúncia ao massacre que assola o território palestino.

O ato político que ocorreu no Consulado de Israel teve como foco central o pedido da retirada imediata do exército de Israel de Gaza. Esta mobilização marca o Dia da Criança Palestina, data instituída pelo UNICEF, que neste ano ganha especial relevância devido ao aprofundamento do genocídio na região.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024, o número de crianças mortas na Faixa de Gaza superou o total de crianças mortas em todas as guerras do mundo entre 2019 e 2022. A cada 10 minutos, uma criança perde a vida em Gaza.

Os números alarmantes revelam a gravidade da situação: o Ministério da Saúde da Palestina relatou que o total de mortos na Faixa de Gaza chegou a 30.035, com 70.457 feridos, incluindo mais de 8.663 crianças. Na Cisjordânia, são 414 feridos, dos quais 108 são crianças.

É importante destacar que esses dados não fazem distinção entre militares e civis, e representam 1,3% da população de cerca de 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza.

A manifestação em São Paulo busca não apenas chamar a atenção para essa crise humanitária, mas também exigir medidas concretas para pôr fim à violência e garantir os direitos básicos do povo palestino.