A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirma que 161 mil pontos no estado do Rio Grande do Sul estão enfrentando interrupções no fornecimento de energia elétrica.

A cidade mais afetada pela falta de luz é Canoas, onde 49.834 pessoas estão sem energia. Porto Alegre e São Leopoldo seguem na lista, com 46.201 e 23.559 pessoas afetadas, respectivamente. Outras cidades como Eldorado do Sul, Pelotas e Novo Hamburgo também estão sofrendo com a falta de energia, conforme dados divulgados pela Aneel.

A maioria sem energia é atendida pela Rio Grande Energia (RGE), com 89.500 pessoas afetadas, o que equivale a cerca de 3% de seus clientes totais. Outras distribuidoras, como a CEEE Equatorial, Certel e Certaja, também registram um número significativo de pontos sem luz, segundo informações da agência.

A Aneel destacou que, apesar da melhoria das condições climáticas em alguns municípios do estado, muitos consumidores continuam com o fornecimento de energia interrompido devido a questões de segurança.

Além do problema com o fornecimento de energia elétrica, o boletim da Aneel também informou a situação das barragens no Rio Grande do Sul. Uma barragem encontra-se em estado de emergência, enquanto cinco estão em estado de atenção e quatro em estado de alerta.

Entre as barragens listadas pela Aneel, destacam-se a Bugres (barragem Salto), que está em estado de emergência, e outras como Canastra, Furnas do Segredo, Quebra Dentes e Cachoeira Cinco Veados, que estão em estado de atenção.

Abrigos provisórios

De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Social do estado, nesta quarta-feira (22), cerca de 18.062 pessoas estão sendo acolhidas em 129 abrigos provisórios cadastrados. Do total, aproximadamente 4,2 mil são crianças e adolescentes, enquanto há mais de 2,88 mil idosos nessas instalações.

Apesar de uma lenta diminuição no nível das águas ao longo da última semana, medições indicam que o nível do Guaíba permanece em 3,92 metros na área próxima à Usina do Gasômetro. Essa marca ainda está cerca de 1 metro acima da cota de inundação no Centro Histórico da cidade, que é de 3 metros.

Enquanto isso, nos trechos secos da cidade, uma força-tarefa do Departamento Municipal de Limpeza Urbana trabalha com maquinário, como retroescavadeiras, em 17 locais para realizar a limpeza. A equipe também utiliza rodos produzidos por estudantes e professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Desde 10 de maio até a noite desta terça-feira (20), foram retiradas aproximadamente 4,14 mil toneladas de resíduos das ruas, incluindo restos de móveis, raspagem de lodo acumulado e varrição. Entretanto, em áreas ainda inundadas, a prefeitura precisa aguardar o recuo da água para iniciar o serviço de limpeza.