Mais da metade dos brasileiros defende que Bolsonaro fique inelegível, revela Datafolha
Maioria dos entrevistados afirmam que a perda dos direitos políticos é a punição mais adequada para o ex-presidente de extrema-direita
Maioria dos entrevistados afirma que a perda dos direitos políticos é a punição mais adequada para o ex-presidente de extrema direita
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha apontou que 51% dos entrevistados defendem que o ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PL) seja condenado e fique inelegível por oito anos por sua campanha contra as urnas eletrônicas. Por outro lado, 45% dos entrevistados acreditam que ele é inocente e não deve ser punido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A maioria dos entrevistados que defende a inelegibilidade de Bolsonaro afirma que a perda dos direitos políticos é a punição mais adequada para o ex-presidente, pois ele tentou, diversas vezes, desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.
Já os 45% que defendem que Bolsonaro deve ser liberado pela Justiça Eleitoral para disputar as próximas eleições acreditam que ele não cometeu crime algum em suas declarações.
A pesquisa foi realizada entre os dias 29 e 30 de março, com 2.028 entrevistados, e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Cerca de 4% dos entrevistados não souberam opinar sobre a questão.
Avança ação que pode deixar Bolsonaro inelegível
O Tribunal Superior Eleitoral concluiu a fase de colheita de provas no processo que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos, de acordo com a Reuters. A ação refere-se aos ataques feitos por Bolsonaro ao sistema brasileiro de urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada no ano passado.
Agora, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral abriu prazo para que as partes envolvidas – o Ministério Público Eleitoral e as defesas do PDT e da chapa eleitoral de Bolsonaro – se manifestem.
Após as manifestações, o corregedor preparará um relatório e apresentará seu voto, solicitando uma data para o julgamento, que deverá ser agendada pelo presidente do TSE. Até o momento, não há previsão para a realização do julgamento.