O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) publicou uma nota onde mostra a relação das cheias que vivem hoje os estados de Minas Gerais e Espírito Santo com os crimes dos rompimentos das barragens da Vale em Mariana e Brumadinho.

A nota do movimento mostra que “Em 2015, foram mais de 60 milhões de metros cúbicos de lama da barragem de Fundão depositados no leito e nas margens ao longo dos mais 600 km de cursos d’água. Somente na Hidrelétrica Risoleta Neves, cerca de 10 milhões de metros cúbicos ficaram retidos na barragem que foi esvaziada para conter o material. É este rejeito acumulado que está provocando as cheias históricas de Governador Valadares, Colatina e Linhares, por exemplo”

Situação parecida acontece na bacia do rio Paraopeba – os 11 milhões de metros cúbicos despejados da mina em Córrego do Feijão pioram os efeitos da enchente em São Joaquim das Bicas e Betim.

O movimento realizou uma coletiva nessa quinta-feira, 30, que contou com atingidas e atingidos de diferentes cidades das bacias do rio Doce e rio Paraopeba, além de pesquisadoras e pesquisadores que comprovam essa relação entre as enchentes e os crimes.

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