O cineasta baiano Geraldo Sarno morreu, aos 83 anos, na noite desta terça-feira (22), no Rio de Janeiro. Ele estava internado há um mês em decorrência de complicações da Covid-19.

Nascido em Poções, na Bahia, Geraldo Sarno marcou a história do cinema brasileiro. Ganhou reconhecimento e relevância ao levar para as telas como movimento migratório brasileiro, sobretudo o de nordestinos, além das religiões e cultura populares.

Sarno cresceu em convívio com uma comunidade de imigrantes, no meio do sertão.“O cinema já estava presente em sua infância, quando frequentava as três salas de cinema de sua cidade, assistindo filmes e, principalmente, séries com amigos, inclusive Glauber Rocha, com quem colecionava fotogramas e fazia projeções em casa”, relata o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) em reportagem da CNN.

Em 2008, Sarno recebeu o prêmio de melhor direção no Festival de Brasília, pelo filme ‘Tudo isto me parece um sonho’.

O primeiro filme dele, no entanto, foi “Viramundo”, sobre a nova imagem da classe operária do Brasil, a do camponês de origem nordestina e da fome, e de um sistema religioso neopentecostal.