O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o convite do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para uma visita internacional, que deverá acontecer logo após a sua diplomação, marcada para a próxima segunda-feira (12) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A informação foi confirmada pelo próprio Lula que recebeu, nesta segunda-feira (5), o conselheiro de segurança norte-americano Jake Sullivan.

Em suas redes, Lula declarou que está animado para a visita na Casa Branca. “Estou animado para conversar com o presidente Biden e aprofundar a relação entre nossos países”, escreveu.

https://twitter.com/LulaOficial/status/1599810302891393025

O encontro entre Lula e Biden vai restabelecer as boas relações entre os dois países, abaladas desde a eleição do presidente norte-americano devido à aliança entre os líderes da extrema-direita Jair Bolsonaro e Donald Trump.

Também está na pauta questões climáticas e a guerra na Ucrânia. Além da prévia do encontro entre os presidentes brasileiros e norte americano, Lula e Sullivan também discutiram parcerias em temas como segurança alimentar e mudanças climáticas.

Governo de Transição

O petista chegou a Brasília nesse domingo à noite para uma semana intensa de articulação política, que inclui desde as negociações em torno da formação do ministério até a votação da PEC que viabilizará o pagamento do Auxílio Brasil (Bolsa Família) em R$ 600, além do acréscimo de R$ 150 por crianças de até seis anos.

Sullivan também se reunirá com o senador Jaques Wagner (PT), cotado para o ministério, e com o secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha, que atua em assuntos internacionais.

Enquanto isso, Lula concentrará forças para concluir o desenho de seu ministério, em meio a conversas com partidos políticos que tenta atrair para sua base de apoio parlamentar. Ele também analisará os relatórios preliminares entregues pelos grupos de trabalho do governo de transição e a PEC que tira as despesas com o Bolsa Família e outras despesas sociais do teto de gastos. O texto deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira e até o final da semana no plenário do Senado.

Há possibilidade de ele anunciar os nomes de alguns ministros nesta semana, como Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio (Defesa) e Flávio Dino (Justiça). Outros aliados, no entanto, apostam que a divulgação só será feita após a diplomação de Lula.

Com informações do Congresso em Foco

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