Lula reafirma permanência de Nísia Trindade na Saúde diante da pressão do centrão pela pasta
Lula também elogiou o trabalho de Nísia Trindade à frente do Ministério nos últimos seis meses
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não haverá mudanças no comando do Ministério da Saúde e reiterou seu apoio à ministra Nísia Trindade. Durante sua participação na 17ª Conferência Nacional de Saúde, Lula destacou que a pasta continuará sob o comando de Nísia.
Lula também elogiou o trabalho de Nísia Trindade à frente do Ministério nos últimos seis meses, ressaltando a importância de ter uma mulher no cargo.
“[Na semana passada], eu tinha visto uma pequena nota no jornal de que tinha alguém reivindicando o Ministério da Saúde. Eu fiz questão de ligar [para ministra Nísia] porque eu ia viajar para fora do Brasil, eu disse ‘Nísia, vá dormir e acorde tranquila porque o Ministério da Saúde é do Lula, foi escolhido por mim e ficará até quando eu quiser”, disse.
O presidente enfatizou a relevância do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos profissionais de saúde no combate à pandemia de Covid-19.
Em seu discurso, Lula também anunciou que o governo pagará o salário retroativo aos enfermeiros desde maio, referente à diferença do piso nacional da enfermagem.
A Conferência Nacional de Saúde, que teve início no dia 2 de julho e terminou nessa quarta-feira (5), em Brasília, reuniu representantes da sociedade civil, entidades e organizações sociais para discutir políticas públicas do SUS. Durante o evento, o Ministério da Saúde lançou o Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde, uma plataforma para construir redes colaborativas sobre políticas públicas na área de saúde.
Além disso, o Ministério anunciou um investimento anual de R$ 414 milhões na Rede de Atenção Psicossocial, com o objetivo de fortalecer a assistência em saúde mental em todo o país. O resultado da conferência servirá como subsídio para a elaboração do Plano Nacional de Saúde e do Plano Plurianual (PPA) de 2024-2027.
O presidente ressaltou que a história do país não deixará impune o negacionismo e a irresponsabilidade no tratamento do SUS durante a pandemia.
“As pessoas morreram porque esse país, em algum momento, teve um governo que não era um governo, era um genocida colocando em prática a mais perversa atitude com relação ao ser humano”, disse.