Lula deve oferecer Brasil como sede da COP em 2025; Nordeste já abriu candidatura
A próxima COP, em 2023, será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Já a de 2024, tem a Austrália como cotada
Fontes próximas do presidente eleito do Brasil, Lula, indicam à reportagem da Reuters que o presidente Lula deve oferecer o Brasil como sede de uma das próximas edições da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas. Possivelmente, de 2025. O pedido deve ocorrer na próxima semana, quando ele chega ao evento. Sua participação é alvo de muitas expectativas, tanto no Brasil quanto no exterior.
É o Brasil voltando a ter o protagonismo conquistado em anos passados e implodido pelo governo Bolsonaro. A atual gestão, a propósito, aboliu os planos de sediar a COP25 no Brasil, em 2019, quando Bolsonaro, como presidente eleito, pediu que a reunião não fosse sediada no país. Ele não deve participar desta edição.
A próxima COP, em 2023, será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Já a de 2024, tem a Austrália como cotada.
O Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS), na semana passada, pediu a Lula que sinalize a intenção de realizar a COP30, justamente, em 2025.
Para as organizações, a disposição de sediar a COP seria um claro sinal de comprometimento do governo Lula com os esforços globais para o enfrentamento da crise climática.
A Folha de São Paulo destacou em reportagem que o pedido do FBOMS, que reúne mais de 200 instituições, foi feito em uma carta direcionada a Lula e ao vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB). O documento foi entregue ao coordenador técnico da transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante.
COP no Nordeste
Já há, inclusive, uma articulação para que o Nordeste sedie o evento. O deputado reeleito pela Paraíba, Ruy Carneiro (PSDB) – que também participa da COP27 – levará a proposta.
“A defesa de que a próxima COP seja sediada no Nordeste conta como ato político de compromisso de uma contribuição significativa aos esforços globais para o enfrentamento da crise climática. Além de ser importantíssimo para atração de desenvolvimento sustentável para toda a região”, disse à Folha.