Lula da Silva e Luis Arce fecham acordos de cooperação em segurança, comércio e energia
O presidente boliviano Luis Arce descreveu o encontro com o seu homônimo brasileiro como um acontecimento histórico, porque entre os dois países começa “uma nova era nas relações exteriores”
A visita do Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva à Bolívia na terça-feira (9) culminou com a assinatura de 10 acordos bilaterais diversificados em seis áreas e relacionados com questões energéticas, compra e venda de fertilizantes, comercialização e industrialização de minerais, migração para o combate ao tráfico e contrabando de pessoas, combate ao tráfico de drogas e apoio à saúde pública para cidadãos bolivianos e brasileiros.
“Assinamos vários projetos que visam fortalecer a capacidade dos agentes públicos no combate ao tráfico de pessoas e de drogas e na melhoria da gestão migratória. Temos conversado sobre a importância de garantir a segurança jurídica dos brasileiros na Bolívia para que possam continuar contribuindo para o desenvolvimento econômico do país”, disse o presidente brasileiro.
Para cumprir esses acordos, Lula informou que a Polícia Federal e o Consulado da Bolívia em São Paulo realizam a regularização dos milhares de bolivianos que vivem no Brasil.
O presidente boliviano Luis Arce descreveu o encontro com o seu homônimo brasileiro como um acontecimento histórico, porque entre os dois países começa “uma nova era nas relações exteriores”.
O presidente brasileiro chegou à Bolívia na véspera, após participar com Arce na Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, bloco ao qual a Bolívia aderiu recentemente como membro pleno.
A visita de Lula ocorre enquanto a Bolívia atravessa a polarização política em decorrência do levante militar de 26 de junho e as dificuldades econômicas em decorrência da escassez de dólares que ocorre desde o início do ano passado.
A última vez que Lula visitou a Bolívia foi em 2009, há 15 anos, quando o então presidente Evo Morales (2006-2019) o recebeu na cidade de Villa Tunari, na região cocaleira do Trópico de Cochabamba, seu principal reduto político e sindical.