Luiza Trajano pede a presidente do Banco Central urgência na redução de juros
Juros atualmente estão em 13,75%, mesmo com a queda da inflação
Juros atualmente estão em 13,75%, mesmo com a queda da inflação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou mais um apoio em seu apelo para a redução da taxa de juros por parte do Banco Central. A empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, disse para Robertos Campos Neto que o varejo brasileiro pode quebrar se o Banco Central não reduzir os juros, que atualmente estão em 13,75%, mesmo com a queda da inflação.
Durante o evento, Trajano enfatizou a importância de receber um “sinal” do Banco Central em relação à redução dos juros. Trajano persistiu em seu pedido, sugerindo que a redução não se limitasse a um mero 0,25 ponto percentual, que considera insuficiente.
“Por favor, presidente, nos dê um sinal para baixar os juros, nem as grandes e muito menos as pequenas e médias empresas estão aguentando”, cobrou Trajano, de forma educada, mas firme, sob o olhar surpreso do presidente do BC.
Durante todo o evento, outros empresários do setor varejista também manifestaram sua insatisfação com as altas taxas de juros no país.
Antes de Luiza Trajano, Marcelo Silva – vice-presidente do conselho de administração do Magazine Luiza e ex-presidente do IDV – já havia mostrado o efeito dos juros nas empresas do setor. Em 2022, segundo ele, já houve redução sensível no balanço de 27 empresas de capital aberto do varejo, as maiores do setor.
“Em 2023, os juros correspondem a 32% das despesas financeiras”, afirmou Silva, apontando que as maiores varejistas saíram de um lucro médio de 1,9% no primeiro trimestre de 2022 para um resultado negativo de 1,5% no primeiro trimestre deste ano: “Essa carga está se tornando insuportável.”
Antônio Carlos Pipponzi, presidente do conselho de Administração da RD (Raia Drogasil), a maior empresa farmacêutica varejista do Brasil, também reclamou que “a dor está demais” para o setor.
Campos Neto mencionou que as condições necessárias para uma flexibilização da política monetária, como as expectativas do mercado e a redução das taxas futuras, já estão em andamento, sem especificar quais seriam.
*Com informações do NeoFeed