Livrarias se unem na Bienal pela sobrevivência
Uma proposta inédita de um espaço coletivo tem como objetivo não deixar as livrarias do Brasil acabarem.
Por Mauro Utida
Uma proposta inédita de uma livraria coletiva tem como objetivo não deixar as livrarias do Brasil acabarem e o grupo, operado pela distribuidora Catavento, formou um grande estande no coração da Bienal do Livro de São Paulo, conseguindo a marca de mais de três mil pessoas passando pelo caixa por dia.
A “Grande Livraria” reúne 25 lojas de São Paulo e, ao invés de concorrerem por lucro, formam um manifesto pela sobrevivência das livrarias do país. A crise no setor diminuiu drasticamente o mercado editorial, o maior exemplo são a Saraiva e Cultura, além disso o varejo online influencia fortemente para que outras pequenas lojas fechem as portas.
“Quando a Saraiva fechou criou-se a ideia de que as livrarias estão fechando, mas não é verdade. Temos muitas livrarias boas que resistem e outras livrarias abrindo e é preciso lembrar que essas livrarias existem para o consumidor que não tem noção de mercado. Nosso mercado é muito maior do que se pensa”, declara a coordenadora de marketing da Catavento, Cláudia Machado.
A Catavento já tinha realizado um modelo parecido no Boulevard Literário, no Rio de Janeiro, mas neste caso a união aconteceu pelas editoras. No caso da “Grande Livraria”, as iniciativas se uniram e selecionaram seus próprios catálogos com o custo dividido por cotas.
Estão ali, lado a lado, empresas como a rede Leitura, hoje a maior em número de lojas, e a Livraria da Tarde, de Pinheiros, ou a Leonardo DaVinci, do Rio. E ainda Megafauna, Travessa, Loyola, Curitiba, Livruz, Vila e Dois Pontos, entre outras.
Quem passa pela “Grande Livraria” vai encontrar descontos e um catálogo pensando no público da Bienal, formado por jovens e adolescentes, mas também com a preocupação em áreas técnicas, que não é comum na bienal. Quem comprar no estande até o fim da feira, no domingo (10), vai ganhar um voucher de 10% para usar em qualquer loja parceira.