Por Beatriz Fabiano

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Linda Lizeth Caicedo Alegría, nascida em 22 de fevereiro de 2005, em Cali, Colômbia, deu seus primeiros passos com a bola no pé com apenas 5 anos, sempre incentivada pelos seus pais e se destacou, chamando a atenção do clube Real Juanchito de Villagorgona em Valle del Cauca. Aos 14 anos, iniciou sua trajetória no futebol profissional como atacante, jogando pelo América de Cali, em 2019. Foi artilheira do campeonato nesse ano e começou a encantar o país com seu estilo de jogo solto e criativo, simpatia, simplicidade e muita alegria, como seu próprio nome diz.

Em 2020, aos 15 anos, foi contratada como grande destaque pelo Deportivo Cali, mas precisou frear sua grande ascensão para enfrentar a maior batalha de sua vida: um câncer no ovário.

“Mentalmente, foi um momento muito difícil em minha vida. Sou eternamente agradecida que isso tenha acontecido quando eu era muito nova. Eu pude me recuperar e ter o apoio da minha família. E agora me sinto muito bem, o que ocorreu me fez crescer. Sou muito agradecida e feliz de estar aqui”, contou em uma entrevista à Fifa.

A jogadora precisou enfrentar uma cirurgia para a retirada do tumor e seis ciclos de quimioterapia, durante o período da pandemia de Covid-19, enquanto os campeonatos esportivos estavam parados. Todo o tratamento foi acompanhado de perto pela equipe médica do Deportivo Cali. Ao vencer essa batalha, Caicedo voltou aos gramados no fim de 2020, demonstrando sua grande resiliência mesmo com pouquíssima idade e sendo grande destaque.

Em 2021, estreou pela seleção colombiana e disputou 3 torneios internacionais em apenas 12 meses. Com resultados impressionantes, a atacante levou a Colômbia ao vice-campeonato da Copa América Feminina 2022, classificando a seleção para a Copa do Mundo e Olimpíadas, sendo eleita a melhor jogadora do torneio. Meses depois, liderou a seleção às quartas de final da Copa do Mundo Feminino Sub-20 e também ao vice no Mundial Sub-17 no mesmo ano, elevando o grupo a níveis impressionantes e fazendo ressurgir um sentimento de orgulho do povo colombiano com sua seleção. Mais de 20 mil pessoas assistiram a final da Copa América Feminina 2022 contra a seleção brasileira no estádio Alfonso López, em Bucaramanga (COL).

Seu grande desempenho gerou interesse do Real Madrid, que contratou a atacante para a temporada 2023-2024 como a grande esperança do clube espanhol. Esse ano, Linda foi eleita pelo jornal “El País” como a Rainha da América, em reconhecimento ao espetacular ano de 2022, além de ser alçada a melhor jogadora sul-americana.

Foto: Real Madrid

Agora, a melhor atacante da América tem uma grande responsabilidade junto com suas companheiras de equipe: levar a seleção feminina colombiana a alcançar grandes resultados na Copa do Mundo Feminina 2023. Com Alemanha, Coreia do Sul e Marrocos no mesmo grupo, a estreia no dia 24 de julho contra a Coreia será  um desafio intenso rumo ao título, mas não há dúvidas de que a Rainha da América irá encantar a todo o mundo com seu futebol e mostrar a força das mulheres latinas dentro e fora do campo.

Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube