Liderança em quadra: O papel de Bruno Rezende, o Capitão da Seleção Brasileira Masculina de Voleibol
Entenda sobre sua trajetória e função indispensável dentro e fora das quadras.
Por Anny Caroline
Tendo estreado na Seleção Brasileira Masculina de Voleibol com apenas 21 anos, Bruno Rezende, mais conhecido como “Bruninho” ou “Capita”, defende o Brasil nas quadras desde 2007, e em 2013, tornou-se capitão aos 26 anos. Filho do atual técnico da Seleção e lenda do vôlei, Bernardinho, o levantador sempre lidou com muita pressão no meio esportivo, mas, apesar disso, sempre demonstrou uma habilidade excepcional e liderança dentro de quadra.
Após dois resultados frustrantes nos Jogos Olímpicos de 2008 e 2012 – duas medalhas de prata -, o atleta guiou a Seleção Brasileira ao lugar mais alto no pódio com apenas 3 anos como capitão, em uma linda vitória em casa, nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. O levantador irá participar de sua quinta Olimpíada e terceira como o líder do time. Com uma carreira marcada por dedicação e superação, ele busca continuar a inspirar a equipe com sua liderança e experiência, mirando mais um título olímpico para o Brasil.
“É entrar em quadra, vencer, demonstrar toda a vontade, mas é também passar maturidade e experiência para os mais jovens. Seguir com esse legado que os outros deixaram. A seleção brasileira está há muitos anos entre as melhores do mundo, então o legado do dia a dia é importante”, disse o atleta em uma entrevista para o Comitê Brasileiro de Vôlei (CBV) em 2023.
“Sempre fui um cara de liderar pelo exemplo. Trabalho muito, com dedicação. Peguei isso da geração anterior. Dedicação para colher os frutos por meio do trabalho. Também tento ser o mais positivo possível e entender que talvez alguém esteja em um dia mais complicado, com algum problema. São importantes características de um capitão que tenho melhorado nesses últimos anos”, relatou Bruninho.
A jornada da Seleção Brasileira masculina na Liga das Nações 2024, o último campeonato disputado antes das Olimpíadas, não foi das melhores, sendo eliminada nas quartas de final. No entanto, Bruninho continua exercendo o papel de líder da melhor forma possível e incentivando o grupo para os Jogos Olímpicos através de sua enorme determinação.
“A experiência te faz entender melhor certas situações e conhecer melhor cada jogador que você tem do lado. Minha função é saber chamar a atenção, mas também, quando necessário, dar força.”, disse Bruninho em uma recente entrevista para a revista Quem. O jogador de 38 anos enfrentará mais um desafio em sua carreira ao liderar uma equipe com jogadores jovens e alguns estreantes em Paris 2024.
“Os principais conselhos que recebi e que tento passar são aqueles do nosso dia a dia, de se dedicar ao máximo nos momentos de treinamento. São esses momentos que vão dar confiança para a hora do jogo. E que eles tragam a energia deles, a juventude, para dentro desse grupo.”, explica o capitão. Em 17 anos defendendo o Brasil com “a amarelinha” e 11 como capitão, Bruno sempre se destacou como um jogador e líder fundamental para o funcionamento do time brasileiro, de forma que as expectativas por uma medalha estão mais fortes do que nunca!