Para os advogados de Lula, Cristiano e Valeska Zanin, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), “reconhece que a ação penal referente ao ‘Caso Caças Gripen’ fazia parte do ‘Plano Lula’, que foi engendrado por integrantes da extinta ‘lava jato’ para cassar arbitrariamente os direitos políticos do ex-presidente”.

O ministro suspendeu a última ação penal que ainda tramitava contra Lula na Justiça. A ação investigava o ex-presidente por supostas irregularidades na compra dos caças suecos Gripen, em 2013. A compra dos caças, no entanto, não começou com Lula. Durou mais de 15 anos e passou por três governos distintos sempre sob o crivo da Aeronáutica, conforme o ministro.

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Para a defesa, o plano visava sobrecarregar e tentar inviabilizar o trabalho dos advogados de Lula, atuando inclusive em cumplicidade com membros do Ministério Público de outras jurisdições.

Esta é a 24ª vitória de Lula na Justiça. Caso a decisão de Lewandowski tenha o recurso julgado a favor do ex-presidente no plenário do STF, a ação será encerrada em definitivo.

Para Lewandowski, não havia elementos suficientes contra o ex-presidente na denúncia apresentada pelo Ministério Público. Diversas autoridades civis e militares, ex-ministros de Estado, e a ex-presidenta Dilma Rousseff já haviam prestado depoimento mostrando que a decisão do Brasil de adquirir os caças da marca Gripen não teve qualquer intervenção, muito menos ilegal, do ex-presidente Lula, conforme aponta a defesa.