Na madrugada de hoje (3), o Levante Popular da Juventude foi até o Quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, denunciar o assassinato brutal de Moïse Mugenyi, que foi amarrado e espancado até a morte por pelo menos três pessoas. O ato se soma a uma agenda de manifestações que são marcadas para este final de semana.

Moïse era um jovem refugiado da guerra que veio para o Brasil com sua família buscando uma vida melhor. A notícia de sua morte escancara a veia xenofóbica e racista da construção social brasileira que se expressa no cotidiano extermínio da juventude negra nas periferias brasileiras.

Olhando para o Atlas da Violência (2021), é nítido o quanto casos como esse têm crescido cada vez mais nos últimos anos no Brasil. Atos de violência e assassinatos que não são mera coincidência com o período de governo de Jair Bolsonaro, mas sim a consequência de uma gestão que vem destruindo as políticas de direitos humanos, prega o discurso de ódio e a marginalização da juventude negra e periférica.

Foto: Matheus Alves / Levante Popular da Juventude

A morte de Moïse é inaceitável e, tão inaceitável quanto, é o silêncio das autoridades sobre o ocorrido, comportamento institucional que não se restringe ao Moïse, mas a tantos outros que tiveram suas vidas ceifadas pelo racismo: Marielle Franco, João Pedro, Miguel.

Por isso, hoje, 3 de fevereiro, em meio aos marcos de comemoração de 10 anos de nacionalização do movimento, o Levante Popular da Juventude foi ao Quiosque Tropical denunciar este crime. O movimento reivindica justiça por Moïse e por todas as nossas vítimas do racismo, cobra também que os culpados sejam devidamente responsabilizados por esse crime brutal.

Texto via Levante Popular da Juventude