Leoas: a trajetória até a Olimpíada de Paris 2024 e como surgiu o apelido
Com foco no pódio, o time feminino de handebol chega em Paris para mostrar suas garras.
Por: Juliana Araujo
A corrida olímpica da seleção feminina de Handebol para Paris 2024 se iniciou ano passado, em 2023, no torneio pré-olímpico Pan-Americano de Santiago. As Leoas fecharam a competição com 100% de aproveitamento, garantindo a medalha de ouro e se tornando heptacampeã na competição. A seleção esteve presente em todas as edições desde 2000, sendo essa a sétima participação na história das Olimpíadas.
No início de julho, a Confederação Brasileira de Handebol definiu a lista das convocadas para os Jogos Olímpicos, foram divulgados 17 nomes, sendo três suplentes que ficarão à disposição do técnico Cristiano Rocha.
A seleção possui um admirável histórico de títulos internacionais, dentre eles o bicampeonato do Pan-Americano, conquistado em Lima e Santiago, em 2019 e 2020, respectivamente. Desde 1999 as brasileiras fazem história no handebol e buscam sempre ocupar o lugar mais alto do pódio nas edições do Pan.
Conheça o time completo que irá enfrentar as seleções da Hungria, Holanda, Espanha, França e Angola na fase inicial da competição:
Goleiras: Gabriela Moreschi, Renata Arruda e Bárbara Arenhardt
Pontas: Adriana Cardoso, Ana Cláudia Bolzan, Jéssica Quintino e Larissa Araújo
Armadoras: Bruna de Paula, Gabriela Bitolo, Giulia Guariero, Jhenifer dos Santos, Kelly Rosa, Mariana Fernandes, Patrícia Matieli e Samara Vieira
Pivôs: Marcela Arouinian e Tamires Araújo
Este ano o elenco vitorioso passa por renovação na sua equipe, onde das 15 jogadoras convocadas apenas cinco chegam com experiência na competição, sendo elas a goleira Bárbara e a pivô Thamires que defenderam o país nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Alexandra Nascimento, Ana Paula Rodrigues e Duda Amorim estão na quarta Olimpíada seguida da carreira.
Guerreiras ou Leoas? Como surgiu o apelido da seleção?
Os jogadores da Seleção Brasileira masculina são chamados de “guerreiro” e a equipe feminina herdou o apelido de “guerreiras” por defenderem o mesmo país que a equipe masculina e serem um time marcado por grandes conquistas. Porém a nomenclatura não agradou a torcida por ser uma referência já usada há muito tempo pela seleção espanhola.
Após ter um início vibrante em Tóquio, a Seleção Brasileira Feminina de Handebol tem sido reconhecida por uma força dominante no cenário esportivo internacional, e o apelido “Leoas” é um reflexo da sua bravura e resiliência. A paixão e a força das jogadoras foram tão evidentes que o apelido pegou, e desde então elas são reconhecidas por sua garra e espírito de equipe.
“Não sei se partiu delas ou de outra pessoa, mas ficou perfeito. É a cara delas a #leoas”, conta Dara Diniz, ex-pivô e capitã da Seleção Brasileira.