
LABRFF 2025: Festival de Cinema Brasileiro em Los Angeles destaca ‘Manas’ e ‘Yanuni’
A 18ª edição do Los Angeles Brazilian Film Festival apresenta 54 produções, com foco no documentário “Yanuni”, produzido por Leonardo DiCaprio, e no premiado longa “Manas”, de Mariana Brennand
Por Ricardo Soares
A partir de 13 de outubro, o Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF) celebra sua 18ª edição, reunindo 54 produções, entre longas e curtas-metragens, no histórico Culver Theater, em Los Angeles.
Durante quatro dias, o festival apresentará ao público obras que exploram temas como identidade, memória, meio ambiente e a força das relações humanas, reafirmando seu papel como uma das principais vitrines do cinema brasileiro no exterior.
Amazônia em foco na abertura
O filme de abertura será o documentário Yanuni, dirigido por Richard Ladkani e produzido por Leonardo DiCaprio. A obra leva os espectadores às profundezas da Amazônia, revelando não apenas sua beleza, mas também as ameaças que colocam em risco comunidades indígenas e ecossistemas frágeis.
O documentário acompanha a trajetória da líder indígena Juma Xipaia, que enfrenta ameaças de morte ao defender as terras de seu povo. A luta ganha contornos ainda mais dramáticos quando ela descobre estar grávida, contando com o apoio de seu marido, o militar de forças especiais Hugo Loss. Com fotografia impactante e narrativa sensível, Yanuni promete emocionar o público e ampliar o debate sobre a urgência da preservação ambiental.
O encerramento com Manas
No dia 16 de outubro, o festival se encerra com a exibição de Manas, longa-metragem dirigido por Mariana Brennand e produzido por Carolina Benevides, que já acumula 20 prêmios em sua trajetória internacional.
O filme constrói um retrato íntimo sobre irmandade, resiliência e pertencimento. A narrativa acompanha mulheres que encontram na força dos laços familiares a possibilidade de resistir às adversidades sociais e culturais. Sensível e poderoso, Manas promete fechar o LABRFF de forma emocionante, reafirmando o cinema como espelho das complexidades humanas e sociais do Brasil.
Estreia internacional e programação infantil
Além dos destaques de abertura e encerramento, o LABRFF exibirá a estreia internacional de O Coreto, longa-metragem dirigido por André Corrêa. O filme acompanha Tina, uma jovem escritora e agricultora que sonha em publicar seu primeiro livro. Entre a terra que cultiva e a poesia que escreve, Tina busca curar as cicatrizes do abandono e romper os ciclos do passado. Sua maior luta, no entanto, vai além dos obstáculos financeiros: está em confrontar verdades pessoais e reencontrar sua própria voz.
Pelo terceiro ano consecutivo, o festival também realizará o Kids Programming Spotlight, em parceria com a Escola Primária Linwood Howe, em Los Angeles. O programa especial para crianças exibirá produções como Hocus Pocus, de Alexandre Klemperer, e O Gato Galático e o Feitiço do Tempo, de Rodrigo Zanforlin, com patrocínio do Culver Theater. Estudantes do 4º e 5º ano terão a oportunidade de participar de sessões exclusivas e viver uma experiência de troca cultural inspiradora.
Selecionados da 18ª edição
Filmes de Ficção Narrativa em Competição
- Manas, de Mariana Brennand
- Colegas 2, de Marcelo Galvão
- Filhos do Mangue, de Eliane Caffé
- Oeste Outra Vez, de Erico Rassi
- Perto do Sol é Mais Claro, de Regis Faria
- Os Enforcados, de Fernando Coimbra
- Cyclone, de Flávia Castro
- Vitória, de Andrucha Waddington
- Os Infiéis, de Tomás Fleck
Filme em Destaque
- O Coreto, de André Corrêa
Programação Infantil
- Hocus Pocus, de Alexandre Klemperer
- O Gato Galático e o Feitiço do Tempo, de Rodrigo Zanforlin
Documentários Narrativos em Competição
- Yanuni, de Richard Ladkani
- Ritas, de Oswaldo Santana
- Sinfonia da Sobrevivência, de Michel Coeli
- O Caso Escola Base, de Paulo Henrique Fontenelle
- Amor e Morte de Julio Reny, de Fabrício Cantanhede
- Aquele Abraço, de Felipe Bretas
- Rua do Pescador nº 6, de Bárbara Paz
Curtas em Competição
- Anastacia, de Lilih Cury
- Jaz, de Liza Gomes
- Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho
- Bijupirá, de Eduardo Boccaletti
- O Céu Não Sabe Meu Nome, de Carol Aó
- Tapanco Buracos, de Pally Siqueira
- Tente a Sorte, de Guenia Lemos
- Cardo, de Allan Riggs e Guilherme Suman
- Raposa, de Margot Leitão e João Fontenele
- Morto Não, de Alex Reis
- O Meu Limite é o Seu Sorriso, de Guilherme Bonini
- Ponto e Vírgula, de Thiago Kistenmacker
- Porque Eu Sou Diferente, de Luiz Navarro
- Trapiche, de Tomás Walper Ruas e Thomas Machri
- Os Cravos, de Renan Amaral
- Gargalo, de Carlos Segundo
- Inside the Déjà Vu, de João Pedro Oliveira
Curtas em Destaque
- Blossom, de Isabelle Drummond
- Uma Menina, Um Rio, de Renata Marins Alvarez
- Brinquedoteca, de Márcio Rosário
- O Último Trem, de Boca Migotto
- Sublime, de Fábio Casaletti
- Ana Sofia, de Mayara Magri e Beto Besant
- Fã Número Um, de Elder Fraga
- Palavras ao Vento, de Mai Oshima e Mendes
Curtas Internacionais em Competição
- We, Brothers, de Renata Jones
- Warriors, de Maiara Walsh
- Closing Act, de Mariane Resh
- Uber Driver, de Gerson Sanginitto
- The Table, de Jay Villas Boas
- Aion, de Giulio Meliani
- Broken, de Deborah Liss
- Auder, de Felipe Marinheiro
- Edge of Space, de Jean de Meuron
- Shift, de Lucca Bueno