Sarí Côrte Real, condenada por abandono de incapaz, à esquerda e Mirtes Renata, mãe de Miguel, à direita. (Foto: Rafaella Gomes)

O juiz Edmilson Cruz Júnior, auxiliar da 1ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Capital negou o pedido da acusação de prisão preventiva ou retenção de passaporte de Sari Côrte Real. Os advogados de Mirtes Santana, mãe do menino Miguel, alegam que Sarí teria desrespeitado medidas impostas pela Justiça em sua condenação, que se deu em maio deste ano.

A primeira-dama de Tamandaré chegou a ser presa em flagrante por homicídio culposo e pagou fiança de R$ 20 mil. Quase dois anos depois da morte de Miguel, a decisão do juiz José Renato Bizerra, titular da Unidade, determinou pena de oito anos e seis meses de reclusão por abandono de incapaz com resultado na morte do menino Miguel, de 5 anos, no dia 2 de junho de 2020, entretanto o juiz permitiu que ela recorresse da decisão em liberdade.

Luta por justiça

Mirtes Renata se dedicou a cursar direito para acompanhar o caso e garantir justiça para o si e para outras mulheres negras. Ela enfrentou em uma batalha judicial de quase dois anos até a condenação de Sarí. Diversos percalços durante o processo fizeram com que o caso não ganhasse celeridade. O caso, contudo, gerou repercussão nacional e diversos protestos em Recife e em todo o país.

“Queria que ela recorresse sentença presa. Mas só de saber que ela foi condenada, é muita coisa. Dá um certo alívio. Prova que o esforço está dando certo”, disse Mirtes ao saber da condenação em maio desse ano.

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