O Ministério Público Federal informou que já existe uma investigação no STF relacionada à inserção de dados falsos sobre a vacinação de Bolsonaro

Foto: Sergio Lima/AFP

A Justiça Federal de São Paulo enviou um inquérito ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relacionado à suspeita de falsidade ideológica no registro de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro no sistema municipal Vacivida, na capital paulista.

O juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo, vê uma possível conexão entre as investigações o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que foi preso sob suspeita de inserção de dados falsos no sistema de saúde do Ministério da Saúde operado pela Prefeitura de Duque de Caxias, reduto bolsonarista.

A investigação em São Paulo teve início após funcionárias da Coordenadoria de Vigilância e Saúde do Município (Covisa) registrarem um boletim de ocorrência. Elas questionaram um suposto registro de vacinação de Bolsonaro em julho de 2021 no Parque Peruche, na zona norte da cidade, alegando que o lote da vacina não foi enviado a São Paulo, que a pessoa que aplicou a vacina não trabalhava na unidade de saúde e que o ex-presidente nunca foi atendido no local. Embora o nome e CPF de Bolsonaro estivessem corretos, o endereço estava incorreto e o e-mail cadastrado era “[email protected]”.

A investigação teve início no âmbito estadual e foi posteriormente assumida pelas autoridades federais. O Ministério Público Federal informou que já existe uma investigação no STF relacionada à inserção de dados falsos sobre a vacinação de Bolsonaro em sistemas de informação do Ministério da Saúde.

Em 4 de setembro, a Justiça Federal de São Paulo enviou o caso a Moraes para avaliar a necessidade de tramitação conjunta dos casos relacionados ao registro de dados falsos sobre a vacinação do ex-presidente nos sistemas de informação do Ministério da Saúde. Até o momento, Moraes ainda não se pronunciou sobre o processo.

*Com informações do UOL