Nesta segunda-feira (10), um tribunal espanhol condenou três torcedores a oito meses de prisão por injúrias racistas contra o jogador brasileiro Vinicius Jr. Além da prisão, os condenados estão proibidos de entrar em qualquer estádio de futebol na Espanha por dois anos. Esta sentença é a primeira condenação na Espanha por um caso de racismo no futebol e surge após uma série de ataques racistas envolvendo o jogador do Real Madrid no ano passado.

Os torcedores foram identificados entre os fãs do Valencia que insultaram Vinicius Jr. chamando-o de “macaco” durante uma partida entre Valencia e Real Madrid em maio do ano passado. Um dos torcedores foi identificado pelo próprio jogador, enquanto os outros dois foram localizados através de câmeras de segurança. A LaLiga, liga espanhola de futebol profissional, participou ativamente do processo de acusação, destacando a importância desta sentença.

Os ataques de racismo contra Vinicius Jr. ganharam grande repercussão internacional, especialmente após o jogador reclamar com o árbitro durante a partida. A situação escalou quando Vinicius Jr. foi expulso após se envolver em uma confusão com jogadores do Valencia.

O episódio gerou uma ampla discussão sobre racismo no futebol, com o presidente da LaLiga, Javier Tebas, inicialmente criticando o jogador, mas posteriormente pedindo desculpas devido à pressão pública.

O caso mobilizou autoridades políticas e sociais. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, condenou os ataques e pediu mais ações contra o racismo no futebol. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, também expressou solidariedade a Vinicius Jr., ressaltando a necessidade de combater o racismo nos estádios.