O juiz federal substituto Roney Raimundo Leão Otilio, da 2ª Vara da Justiça Federal de Alagoas, decidiu encaminhar os autos da investigação Hefesto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação tem como alvo aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e foi remetida ao STF devido a indícios de sua participação nos delitos sob investigação.

O envio da investigação ao STF se deve ao fato de os membros do Congresso possuírem foro privilegiado, sendo competência do Supremo julgar infrações cometidas por eles. Além disso, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, assumiu a atribuição de atuar no caso, como divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF), reforçando a necessidade do encaminhamento ao STF.

De acordo com a decisão assinada pelo juiz, a Polícia Federal encontrou três documentos relacionados a Arthur Lira e seu ex-assessor, Luciano Ferreira Cavalcante, que é alvo da investigação. Entre esses documentos estão um recibo de lavagem de veículo, um termo de autorização de entrega de veículo e um formulário de autorização de viagem concedida por Arthur César Pereira de Lira em favor de Luciano Ferreira Cavalcante, para o transporte de um adolescente filho do presidente da Câmara.

Além disso, durante as diligências, a PF apreendeu um documento contendo anotações de possíveis despesas de Lira, seus familiares e pessoas relacionadas a ele. Esse achado fortalece os indícios de envolvimento do presidente da Câmara nos fatos investigados e reforça a decisão de remeter a investigação ao STF.

A remessa dos autos da investigação Hefesto ao STF coloca Arthur Lira no centro de um processo que investiga aliados do presidente da Câmara dos Deputados. Agora, caberá ao Supremo Tribunal Federal analisar e julgar o caso, levando em consideração os indícios de participação do congressista nos delitos investigados.