Por: Enola Santos Fernandes

A edição de Paris dos Jogos Olímpicos contará com novidades em relação à edição anterior, realizada em Tóquio: a inclusão de duas modalidades (breakdance e caiaque cross) e a exclusão de três modalidades (beisebol, softbol e caratê), totalizando 48 na agenda olímpica.

As modalidades incluídas serão disputadas pela primeira vez na história. O breaking foi introduzido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como esporte olímpico em 2020, na intenção de atrair o público jovem, enquanto o caiaque cross é uma prova dentro da canoagem slalom. Te convidamos a ficar por dentro de cada uma:

Breaking (breakdance)

Foto: Dean Treml/Red Bull Content Pool

O breaking – ou breakdance – se originou nos Estados Unidos na década de 70. A comunidade negra e latina, no intuito de apaziguar os confrontos entre gangues na região do Bronx, em Nova York, criou a dança urbana e, então, as disputas entre grupos formados por jovens se sobrepuseram à violência do distrito.

O estilo tem ligação com a origem da cultura do hip-hop, que se espalhou pelo mundo e chegou em terras brasileiras no início da década de 80, em São Paulo, com grupos de dançarinos batalhando em estações de metrô. 

As músicas que acompanham as performances dos dançarinos são caracterizadas por conter batidas de bateria, como: hip-hop, funk, soul e breakbeat, não excluindo outros estilos musicais. 

Agora esporte olímpico, a competição contará com 32 atletas, mais conhecidos como B-boys e B-girls, com 16 pessoas em cada gênero. Os confrontos serão 1 contra 1, onde cada competidor realizará seus movimentos e será julgado por juízes, que decidirão no final qual competidor sairá como vencedor do duelo. 

O Brasil não terá representantes no breakdance e as provas acontecerão nos dias 9 e 10 de agosto.

Caiaque Cross

Foto: EG2023 Krakow-Malopolska

A Canoagem Slalom, conhecida por ser uma canoagem tradicional e por ter presença nos Jogos Olímpicos há 30 anos, com sua primeira aparição em 1972, agora terá como companhia uma nova vertente: o Caiaque Cross. 

Diferente da Slalom, onde os atletas têm como objetivo atravessar os portões da maneira mais rápida possível e remando em pé, a disputa da modalidade estreante consiste em 4 atletas sentados em seus respectivos caiaques na mesma correnteza e disputando o mesmo trajeto, assim, o atleta que concluir o percurso primeiro, vence.

O Brasil contará com dois representantes na disputa: Pedro Henrique Gonçalves na categoria masculina, com expectativa de chegar ao pódio, tendo em seu currículo um ouro e um bronze em mundiais; Ana Sátila pela categoria feminina, que também tem chances de medalha, sendo anteriormente tri-campeã nos jogos Pan-Americanos e tendo um título mundial.

As provas acontecerão entre os dias 2 e 5 de agosto.