Israel mantém por mais 45 dias proibição da Al Jazeera; entidades de imprensa protestam
A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou a decisão
Sob forte crítica da comunidade internacional, que afirma ser um ataque à liberdade de imprensa, Israel decidiu suspender a transmissão da Al Jazeera por mais 45 dias, gerando uma onda de críticas de organizações internacionais de direitos humanos e liberdade de imprensa. A decisão, tomada pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, baseia-se em uma lei aprovada pela Knesset, permitindo o fechamento de emissoras estrangeiras consideradas uma ameaça à segurança.
A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou a decisão, afirmando que “a suspensão da Al Jazeera é uma grave ameaça à liberdade de imprensa e ao direito à informação”. A organização destacou que a ação impede a cobertura imparcial e independente dos acontecimentos na região, essencial para uma sociedade democrática.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) também se manifestou, criticando a suspensão como “um ataque direto à liberdade de imprensa”. Segundo o CPJ, “as autoridades israelenses devem reverter esta decisão e permitir que os jornalistas da Al Jazeera continuem seu trabalho sem medo de represálias”.
A Human Rights Watch (HRW) classificou a medida como uma violação dos direitos humanos, enfatizando que “o fechamento da Al Jazeera em Israel é uma tentativa de silenciar uma das poucas vozes independentes que reportam sobre a situação no território”. A HRW pediu que Israel respeite os princípios da liberdade de expressão e de imprensa.
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) expressou solidariedade com os jornalistas afetados, declarando que “a suspensão da Al Jazeera é inaceitável e representa um ataque aos direitos dos jornalistas e à liberdade de imprensa”. A FIJ exortou as autoridades israelenses a reconsiderarem a decisão e a permitirem o retorno imediato das operações da emissora.
A Al Jazeera, por sua vez, rejeitou as acusações de incitação, considerando a medida uma tentativa de silenciar sua cobertura jornalística. A emissora afirmou que irá buscar todas as vias legais e internacionais para proteger seus direitos e seus funcionários, reforçando seu compromisso com a cobertura dos acontecimentos na região.