A Amazônia teve uma área desmatada de 9.001 km² entre agosto de 2022 e julho de 2023, conforme revelado pelos dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esta cifra, correspondente ao tamanho da República de Chipre, indica uma redução de 22,3% em relação à temporada anterior, marcando um ponto positivo na luta contra o desmatamento, fortalecido pela guinada na política ambiental do Brasil, com maior número de fiscalizações.

Os números são do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o método mais preciso para mensurar as taxas anuais. Essa diminuição de 2.593 km² representa a menor taxa desde 2019, sinalizando um esforço conjunto para preservar a maior floresta tropical do mundo. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que este resultado é resultado de um trabalho contínuo.

Apesar dessa conquista, a região enfrenta desafios ambientais persistentes, incluindo uma seca histórica que resultou em 3.9 mil focos de queimadas em outubro, no Amazonas, a pior taxa em 25 anos. Especialistas apontam a relação entre o desmatamento passado e os incêndios florestais, alertando para a possibilidade de uma situação mais catastrófica se as condições climáticas adversas coincidirem com o aumento do desmatamento.