O governo federal, em resposta à onda de incêndios que afeta dezenas de cidades no interior de São Paulo desde sexta-feira (23), determinou que a Polícia Federal (PF) investigue a origem criminosa das queimadas. Mais de 20 municípios estão enfrentando focos ativos de fogo, enquanto quase 50 estão em alerta máximo. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, levantou a suspeita de que os incêndios podem ter sido provocados de forma coordenada, em uma ação similar ao “Dia do Fogo” de 2019.

Para conter os danos, milhares de brigadistas foram mobilizados, junto com helicópteros estaduais e federais, para tentar controlar as chamas. A gravidade da situação levou ao bloqueio de rodovias, interdição de aeroportos e à suspensão de atividades em diversas regiões. Mesmo com o uso do cargueiro KC-390 da Força Aérea Brasileira, a intensidade da fumaça dificultou as operações de combate ao fogo.

A PF já abriu dois inquéritos específicos para apurar as supostas ações criminosas em São Paulo, além dos 29 inquéritos já instaurados para investigar queimadas no Pantanal e na Amazônia. O diretor da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que as investigações contarão com o uso de imagens de satélite para identificar a origem dos focos, sendo que a atuação da PF é justificada pelo impacto nas áreas de interesse da União, como aeroportos.

Além dos incêndios em São Paulo, a fumaça gerada pelas queimadas tem se espalhado por outras regiões do país, chegando a Brasília, Goiânia e Belo Horizonte.