Os incêndios no Pantanal voltaram a causar destruição significativa em 2024, repetindo a tragédia de 2020, quando cerca de 17 milhões de vertebrados morreram no bioma. Onças-pintadas, cotias, macacos e antas são algumas das espécies que já foram encontradas carbonizadas. A fazenda Santa Tereza, localizada na Serra do Amolar, em Corumbá (MS), uma das áreas mais preservadas do Pantanal, foi duramente afetada.

De janeiro até agosto de 2024, o Pantanal já registrou 6.655 focos de calor, um aumento de 1.973% em comparação ao mesmo período de 2023, quando havia 321 focos. A área total queimada no bioma neste ano varia entre 1.027.075 e 1.245.175 hectares, representando uma perda de até 8,3% do Pantanal. Esses números superam os registros de 2020 até o mesmo período, quando foram contabilizados 5.466 focos de incêndio.

Especialistas acreditam que, apesar do cenário devastador, os esforços de combate ao fogo em 2024 são mais eficazes do que em 2020, devido à adoção de estratégias mais robustas. No entanto, ambos alertam para as condições climáticas adversas, com estiagem prolongada, que tornam o combate ao fogo ainda mais desafiador.

Diante desse cenário, o presidente Lula sancionou a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo durante uma visita à região de Corumbá. A nova legislação visa guiar ações de prevenção e controle de incêndios no país. Enquanto isso, brigadistas e autoridades seguem na luta para salvar o Pantanal de mais uma catástrofe ambiental.