A maioria dos imóveis mapeados encontra-se em situação precária, o que exigirá esforços de reforma e revitalização

Ocupação 9 de Julho, região central de SP (Foto: Reprodução/Facebook Cozinha Ocupação 9 de Julho)

O governo federal vai destinar 500 bens públicos, entre prédios, terrenos e galpões, para fins sociais. A iniciativa, conduzida pelo Ministério doo Planejamento e Gestão, pretende utilizar esses ativos abandonados ou ocupados para impulsionar projetos voltados para moradias populares, saúde pública, educação, atividades esportivas e culturais.

O programa chamado “Democratização dos Imóveis da União” tem a meta de concluir a destinação desses bens até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026, e conta com o aval de prefeitos de grandes cidades. A proposta inclui a transferência dos imóveis a prefeituras, famílias de baixa renda ou até mesmo ao setor privado, a fim de otimizar sua utilização em prol do bem-estar social.

Em suas redes sociais, o deputado federal e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, MTST, comemorou a notícia:


https://twitter.com/GuilhermeBoulos/status/1683484312304230401

Em entrevista ao jornal O Globo, a ministra Esther Dweck, responsável pelo programa, ressaltou que, embora ambicioso, o projeto enfrentará desafios significativos em sua execução. A maioria dos imóveis mapeados encontra-se em situação precária, o que exigirá esforços de reforma e revitalização.

Além disso, o programa também prevê parcerias com estados, prefeituras e movimentos sociais, visando executar os projetos de forma mais ampla e colaborativa. Parte dos recursos necessários para viabilizar o programa virá do Minha Casa, Minha Vida Entidades, programa de incentivo à moradia popular.

Confira alguns ativos que farão parte do programa:

Rio de Janeiro

Hotel dos Ingleses, na Glória

Edifício no Santo Cristo, no Centro

Núcleo Dona Castorina, no Jardim Botânico (são 120 famílias de baixa renda, precisa de regularização fundiária)

Estação Ferroviária Leopoldina, no Centro

Teresópolis

Quinta do Lebrão (precisa de regularização fundiária com infraestrutura)

São Paulo

Terreno na Praça da República, no Centro

Instituto Brasileiro do Café, na Mooca(quatro galpões e um terreno desocupado)

Santos

Terreno dos Correios com armazém, desocupado

Vitória

Edifício Getúlio Vargas, de 13 andares

Belo Horizonte

Prédio de sete andares do INSS, no Centro

Manaus

Prédio de 17 andares, no Centro, ocupado por 18 famílias

Porto Alegre

Prédio Protetora, com 17 andares

Goiânia

Prédio de 12 pavimentos, no Centro

João Pessoa

Edifício de seis andares, no Centro