Camilly Pereira de Lima, de apenas 17 anos, estava na garupa da moto do seu namorado quando foi atingida por um tiro disparado pelo guarda municipal Marcelo Teles dos Santos. O assassinato, ocorrido na madrugada do dia 23 de agosto de 2024, na zona sul de São Paulo, revoltou a comunidade do Capão Redondo e levantou duras crítica a atuação das forças de segurança na periferia, sob comando de Ricardo Nunes (MDB).

Após o disparo que tirou a vida da jovem, Marcelo Teles dos Santos foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No entanto, o guarda conseguiu sua liberação ao pagar uma fiança de R$ 1.412, valor correspondente a um salário mínimo. Essa decisão gerou uma onda de indignação e revolta, tanto na comunidade local quanto nas redes sociais.

Em depoimento, Teles dos Santos afirmou que o tiro foi disparado após ele se assustar com o barulho das motocicletas, acreditando que estava sob ataque. Segundo o guarda, a escuridão do local e a movimentação dos veículos dificultaram a identificação, levando-o a tomar a decisão precipitada de atirar.

Contudo, a versão do guarda foi contestada, como destacado pela Coluna Mônica Bergamo. O namorado de Camilly, que estava conduzindo a motocicleta, afirmou que a noite estava tranquila até o momento em que a viatura da Guarda Civil Metropolitana (GCM) apareceu.

Ele relatou que ouviu um disparo repentino, e logo em seguida, Camilly informou que havia sido ferida. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela família de Camilly mostraram que, ao contrário do que foi alegado por Teles dos Santos, não havia outros veículos na via, apenas a motocicleta do casal e a viatura da GCM.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana, liderada pela gestão Ricardo Nunes (MDB), afirmou que a ocorrência está sendo investigada pela Corregedoria Geral da GCM