Greve Nacional: Pontos chave para entender os protestos sociais no Equador
Há quase duas semanas indígenas protestam no Equador contra a gestão do presidente Guillermo Lasso e também do aumento de combustíveis, e contra a exploração mineral nos territórios indígenas
Por Emergentes com informações de BBC News e Telesur
O Equador protesta há mais de uma semana, liderado pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) para exigir reformas sociais e econômicas do governo de Guillermo Lasso, no contexto de uma economia atingida pela inflação e pelo desemprego.
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As manifestações se concentraram inicialmente na região norte de Pichincha, que inclui a capital Quito e as vizinhas Cotopaxi e Imbabura. Mas na maioria das 24 províncias equatorianas houve algum tipo de mobilização.
Durante os dias de protesto, bloquearam estradas em várias partes do país. Os confrontos com as forças de segurança deixaram dois mortos e dezenas de feridos – entre manifestantes e policiais – e detidos até terça-feira, 14.
A resposta do governo Lasso foi decretar estado de emergência por 30 dias na noite de sexta-feira, 17, nas três regiões mais afetadas para garantir, disse ele, “a defesa de nossa capital e de nosso país”. A medida foi posteriormente estendida a outras províncias. Com este decreto, o Estado restringe o trânsito livre e permite que as autoridades implementem o “uso progressivo da força” para “neutralizar ações violentas”.
Com esta mensagem “conciliatória”, o governo equatoriano procurou limitar o avanço das manifestações, o que não teve sucesso.
¡El Ecuador elige la democracia, nunca el caos!
Como Presidente busco siempre el diálogo, pero no voy a permitir que afecte a quienes desean trabajar. Estoy aquí para cumplir con los compromisos que tengo con el país y defender la capital. pic.twitter.com/dMHa1od8zx
— Guillermo Lasso (@LassoGuillermo) June 20, 2022
Mais criminalização, união indígena
A Conaie, por sua vez, solicitou negociar a revogação do estado de emergência e a desmilitarização das zonas de assistência humanitária e da Casa da Cultura de Quito, tradicional ponto de encontro das organizações indígenas quando marcham para a capital e que tem sido o foco de intervenção policial devido a ameaças de “supostos materiais explosivos”, algo que nunca foi definitivamente verificado.