Israel passou por uma greve geral nesta segunda-feira (2). O movimento, organizado pela Histadrut, principal central sindical, protesta contra o governo de Benjamin Netanyahu e sua forma de negociação pela libertação dos reféns mantidos pelo Hamas desde 7 de outubro.

A estopim foi o resgate dos corpos de seis reféns em um túnel da Faixa de Gaza no domingo (1º). A autópsia indica que o grupo foi morto pelo menos um dia antes da chegada das tropas. Em resposta, dezenas de milhares de pessoas protestaram nas ruas.

O exército de Israel identificou os corpos de Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino. Eles faziam parte das 251 pessoas sequestradas no ataque que deu início ao conflito. Agora, acredita-se que um terço dos 101 reféns tenham morrido.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, garantiu que iria responder com “força total”. Além disso, ele culpou o Hamas pelas mortes, afirmando que os sequestrados foram executados “para instilar medo e tentar fraturar a sociedade israelense“.

A posição dos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta segunda que Netanyahu não está fazendo o suficiente para obter um acordo. Questionado por um jornalista na Casa Branca – onde Biden se reunirá com negociadores estadunidenses que atuam no conflito em Gaza – se considera que o governante israelense estava fazendo o suficiente para obter o acordo, Biden respondeu: “Não”.

A reunião de Biden com os negociadores sobre o acordo para a libertação dos reféns surge depois da descoberta dos seis reféns mortos, incluindo um cidadão de nacionalidade estadunidense. Há vários meses, Catar, Egito e Estados Unidos, países que atuam como mediadores do conflito, tentam convencer Hamas e Israel a aceitarem um acordo de cessar-fogo que inclua a libertação de reféns e de prisioneiros palestinos detidos por Israel.

Os combatentes do Hamas sequestraram 251 pessoas: 97 continuam retidas em Gaza e 33 morreram, segundo o Exército israelense.

O massacre de Israel contra a população palestina já deixou 40.786 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.