A forte mobilização de 200 mil servidores federais em greve por reajuste salarial provocou mobilização de ministérios do governo Lula. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, está planejando destinar uma parte dos R$ 15,7 bilhões, caso sejam liberados, para conceder reajustes aos servidores públicos federais. Além disso, o plano inclui aumentar os benefícios como auxílio-alimentação.

A prioridade do governo é reajustar os salários dos professores federais, sendo que o percentual de aumento ainda será definido em negociação. Estima-se que o impacto inicial nas contas públicas seja de R$ 1 bilhão em 2024. Em 2023, o governo concedeu um reajuste de 9% para diversas categorias, o que agora gera pressão por novos reajustes neste ano.

Para as demais carreiras do funcionalismo, o plano é reajustar os benefícios, como auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche, visando aumentar sua eficácia e adequação aos custos atuais.

Os R$ 15,7 bilhões precisam de autorização do Congresso Nacional, pois está fora da previsão no Orçamento. Essa autorização, na prática, já foi aprovada pela Câmara dos Deputados na noite de terça-feira (09), mas ainda precisa passar pelo Senado.

No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que a equipe econômica está avaliando se há espaço para os reajustes nos próximos anos, ressaltando que para o ano de 2024 não será viável devido ao Orçamento já estar fechado.

A discussão sobre o tema ocorreu em uma reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), composta pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Gestão e pela Casa Civil da Presidência da República.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou sobre a situação, destacando que a ministra Esther Dweck está enfrentando diversos desafios e defendeu o direito de greve dos trabalhadores.