Na noite desta segunda-feira (27), o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania do Brasil, Silvio Almeida, fez duras críticas ao Estado de Israel após um ataque das forças militares sionistas contra um campo de refugiados em Rafah, no sul de Gaza, que resultou na morte de pelo menos 45 civis palestinos e mais de 110 feridos. Imagens chocantes de mulheres e crianças queimadas vivas durante os bombardeios rapidamente se espalharam pelas redes sociais, provocando indignação global.

Em sua declaração nas redes sociais, Almeida classificou o ataque como um “crime de guerra” e condenou fortemente o governo de Benjamin Netanyahu. “Pelo menos 45 palestinos foram mortos em ataque israelense contra o campo de refugiados de Tal as-Sultan, no sul de Rafah. Este evento não deixa dúvidas de que o governo de Israel comete crimes de guerra e descumpre flagrantemente as decisões da Corte Internacional de Justiça”, afirmou o ministro.

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, também expressou consternação e perplexidade com o ataque. Em nota, o ministério destacou a violação sistemática dos Direitos Humanos e do Direito Humanitário Internacional por parte de Israel e apelou para a comunidade internacional agir com firmeza.

“O governo brasileiro deplora também a retomada, pelo Hamas, de lançamentos de foguetes de Gaza contra o território israelense. Ao expressar sua solidariedade ao povo palestino, sobretudo aos familiares das vítimas de Rafah, o Brasil reafirma a condenação a toda e qualquer ação militar contra alvos civis”, afirmou o comunicado oficial.

Corte Internacional de Justiça manda Israel suspender imediatamente ataques em Rafah

As forças militares de Israel justificaram o ataque alegando que o alvo era legítimo, embora tenham admitido a possibilidade de ter atingido civis. A organização Médicos Sem Fronteiras declarou-se horrorizada com o ocorrido e reforçou o pedido por um cessar-fogo imediato e sustentado em Gaza. A ActionAid, outra organização internacional, relatou ter recebido imagens de corpos queimados vivos e destacou que aproximadamente 50 corpos foram recuperados após o ataque.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descreveu o ataque como um “acidente trágico” e afirmou que uma investigação está em andamento.

O Tribunal Penal Internacional, em Haia, determinou que Israel suspendesse qualquer operação militar em Rafah. Ainda é incerta qual será a reação da mais alta corte da Organização das Nações Unidas.