Reforma Trabalhista será votada pelo Senado em meio a um furacão no governo Temer

Fotos: Tuane Fernandes / Mídia NINJA

Na Av. Paulista, em São Paulo, manifestantes foram às ruas contra a Reforma Trabalhista, que deve ser votada em primeiro turno no plenário do Senado amanhã (11). A polêmica votação deve acontecer logo após o relator do processo contra Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva, se posicionar favorável à aceitação da denúncia, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara,

Os manifestantes queimaram pneus na Av. Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), entidade que apoiou o golpe sobre a presidenta eleita Dilma Rousseff. O ato foi convocado pela Frente Povo Sem Medo, e teve início no vão do MASP.

“Apesar de todas as mobilizações, o governo ilegítimo de Michel Temer quer aprovar no dia 11 de julho a Reforma Trabalhista. Um governo que não foi eleito e está envolvido em inúmeros escândalos de corrupção quer retirar nossos direitos que foram duramente conquistados”, afirma no Facebook.

Diante do relatório favorável sobre a denúncia de corrupção ativa, a base governista se articula para votar antes do recesso parlamentar, que se inicia no próximo dia 18 de julho. Além disso, cogita-se que deputados governistas vão lançar pareceres independentes ao relator, absolvendo Temer.

A votação da Reforma Trabalhista ganhou um novo episódio hoje (10), em que a Ministra e Presidenta do STF, Carmen Lúcia, negou medida cautelar da Oposição para barrar a votação no plenário do Senado. Dessa forma, dificilmente não haverá votação da Reforma nesta terça-feira.