Na semana do Meio Ambiente, Angela Mendes, filha do internacionalmente conhecido líder ambientalista Chico Mendes, reforça a resistência como prática de enfrentamento aos desmontes das políticas ambientais que o Brasil vivencia.

“O “empate” era uma prática dos seringueiros para impedir o desmatamento das reservas naturais. É um movimento de resistência e é isso que a gente tá fazendo aqui hoje também.”

Ângela participou do ato de lançamento do Empate dos Povos da Amazônia no Congresso Nacional, inciativa de diversas organizações ambientais e sociais para defender os povos das águas, da floresta, do campo e da cidade. O projeto tem como objetivo combater a exploração ilegal e predatória dos recursos naturais da Amazônia, mas também propõe agendas na área da educação, saúde, infraestrutura e desenvolvimento sustentável (confira manifesto lançado nesta terça-feira).

Em depoimento para Mídia NINJA, Ângela reforçou a importância da articulação de movimentos socias e ambientais para impedir maiores retrocessos

“Estamos enfrentando momentos muito difíceis e só com a nossa luta, a união dos movimentos e daqueles que defendem o socioambientalismo no planeta é que vamos de fato resistir e empatar o retrocesso imposto às populações e a nossa floresta, propostas por um governo que não tem o menor compromisso com a agenda ambiental.”

Também participaram do ato no salão nobre da Câmara dos Deputados lideranças indígenas, parlamentares da região amazônica e representantes da APIB, MST, CUT e da CONTRAF.

 

O deputado Airton Faleiros (PT-PA) foi o proponente da atividade no Congresso Nacional. Foto: Mídia NINJA

Lideranças indígenas de outras regiões do Brasil também participaram do ato em defesa dos povos da Amazônia. Foto: Mídia NINJA

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil é uma das organizações que assinam o manifesto. Foto: Mídia NINJA