Acampamento do MST é atacado por fazendeiros na Zona da Mata mineira
Após passar um trator até a parte de trás das moradias, na última sexta-feira, 14, hoje ele ateou fogo no capim seco, colocando em risco as 350 famílias acampadas no local. Crianças, mulheres e idosos passaram o dia em meio à fumaça criada pelo incêndio. Até o momento ninguém foi ferido. Já a polícia militar […]
Após passar um trator até a parte de trás das moradias, na última sexta-feira, 14, hoje ele ateou fogo no capim seco, colocando em risco as 350 famílias acampadas no local. Crianças, mulheres e idosos passaram o dia em meio à fumaça criada pelo incêndio. Até o momento ninguém foi ferido.
Já a polícia militar cercou o acampamento com armas em punho, numa clara expressão de ameaça, enquanto elas tentavam conter o fogo.
De acordo com Tamires Gomes, coordenadora da área, ”o intuito é intimidar as famílias, provocá-las, para que deixem a luta pela terra. Desde que a área foi ocupada, centenas de pessoas procuram o movimento para se somar, porque a cidade deixou de apresentar perspectiva de vida a elas”, explica.
Já Nei Zavaski, da Direção Estadual do MST, avalia que “no momento de crise e desemprego a ocupação de terras e a produção de alimentos saudáveis não só é legítima como necessária. Mais do que nunca as famílias do MST precisam de apoio”.
Ele ressalta ainda que ”a violência no campo caminha a passos largos em Minas Gerais e é urgente que o Governo do Estado controle as suas forças de segurança e faça uma moratória aos despejos de famílias sem terra”, exige o dirigente.
O complexo HD possui mais de 2700 hectares somente no município de Coronel Pacheco, um atraso para a cidade, que tem grande potencial para desenvolvimento da agricultura familiar e produção de alimentos agroecológicos, devido à vizinhança com o Assentamento Denis Gonçalves, de 150 famílias, e a proximidade de polos de mercado como Juiz de Fora e Rio de Janeiro.