Faustão precisa de transplante cardíaco e aguarda na fila do SUS
Processo de transplante segue uma sequência de inscrição na lista nacional, considera aspectos médicos e de compatibilidade genética
Processo de transplante segue uma sequência de inscrição na lista nacional, considera aspectos médicos e de compatibilidade genética
Fausto Silva, de 73 anos, o Faustão, entrou na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) para um aguardado transplante de coração. Desde o dia 5 de agosto, ele encontra-se internado Hospital Albert Einstein, após ter sido diagnosticado com insuficiência cardíaca. Neste momento, ele aguarda por um doador compatível, confiando na ciência médica, na solidariedade humana e no maior banco de órgãos de coração e tecidos cardíacos do mundo, que o SUS abriga no Brasil.
Durante uma edição especial do segmento “Direto com o Doutor”, apresentado na emissora Band, Faustão apresentou ao público o Dr. Bacal, um especialista em transplantes afiliado ao Hospital Albert Einstein e ao Instituto do Coração (Incor).
Em 2023, pela primeira vez desde 1998, a fila de transplante de órgãos no Brasil passou de 50 mil pessoas. O dado é da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. A maioria dos pacientes esperava por um rim, quase 30 mil pessoas. Em 2022, o percentual de recusas foi recorde: 47%. Nos anos anteriores, esse índice ficava em torno de 40%.
O processo de transplante de órgãos é conduzido de acordo com diretrizes do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Inicia-se com o registro do paciente pelo médico na lista nacional de receptores. Essa lista é administrada pela Secretaria Nacional de Transplantes, seguindo a ordem de inscrição e categorizando os pacientes com base nas necessidades médicas, como tipo de órgão necessário, gravidade da doença, tipo sanguíneo e compatibilidade genética.
A localização do paciente é um fator crítico devido ao tempo de isquemia, que afeta a qualidade do órgão. A escolha entre meios de transporte, seja carro ou avião, é baseada nesse intervalo e custeada pelo SUS. Em situações de empate, a gravidade da doença e crianças têm prioridade, seja o doador também criança ou quando competindo com adultos.
O processo de transplante segue uma sequência de inscrição na lista nacional, considera aspectos médicos e de compatibilidade genética, leva em conta a localização para preservar o órgão e prioriza casos graves e crianças em situações de concorrência. Tudo isso é gerenciado pelo Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos para garantir eficiência e justiça no processo de doação e recebimento de órgãos.