A família de Moïse Kabagambe, congolês que morreu assassinado no Rio de Janeiro, terá a concessão da área comercial onde está o quiosque Tropicália. No local, Moïse foi espancado até a morte por homens que trabalham na área. A informação foi divulgada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) no Twitter.

A área de concessão na orla da Barra da Tijuca abrange o quiosque Tropicália e o Biruta, cujo funcionário é um dos agressores de Moïse. Conforme a prefeitura do Rio, o local será transformado em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana.

O atual contrato de concessão com os operadores dos quiosques foi suspenso pela Prefeitura do Rio de Janeiro no decorrer da investigação do crime. Conforme nota da prefeitura, “caso se comprove que eles não têm qualquer envolvimento no crime, a Orla Rio discutirá a transferência para outro espaço”.

Durante ato no Rio de Janeiro, a comunidade africana chegou a arrancar a placa do quiosque Tropicália. Tanto nas ruas como nas redes, manifestantes pedem que haja justiça na condução do caso e, especialmente, que haja políticas efetivas contra o genocídio da população negra.