Executaram uma guerreira, tiraram a vida de Marielle Franco!
Desde a primeira notícia que circulou, milhares de pessoas, dentre elas políticos, amigos, militantes e jornalistas, manifestaram solidariedade à família, exigiram a investigação séria do caso e organizaram manifestações por todo Brasil.
Na noite dessa quarta-feira, a vereadora do Rio de Janeiro havia recém saído de um debate e se deslocava para sua casa na Tijuca, quando o carro que a levava foi surpreendido por dois homens armados que descarregaram suas balas no carro em que Marielle estava. Ela foi assassinada com quatro tiros na cabeça, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços.
No domingo, Marielle denunciou uma ação de PMs do 41º BPM (Irajá) na Favela de Acari. Segundo ela, moradores reclamaram da truculência dos policiais durante a abordagem a moradores. Ela compartilhou uma publicação comentando que os rapazes foram jogados em um valão. De acordo com moradores, no último sábado, os PMs invadiram casas, fotografaram suas identidades e aterrorizaram populares no entorno.
“Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento. O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari. Nessa semana dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores. Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior”, escreveu Marielle.
A atuação de Marielle sempre foi em defesa do povo preto e periférico, se elegeu com 46.502 votos em 2016 a partir de um discurso de luta contra a opressão e o racismo. Em um vídeo da campanha afirmou: “Uma coisa é você morar, viver na favela, outra coisa é você reivindicar o seu lugar de favelada para fazer política de outra maneira”. Há 2 dias publicou em seu twitter “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”.
A mobilização em torno de sua morte é muito grande nas redes sociais. Desde a primeira notícia que circulou, milhares de pessoas, dentre elas políticos, amigos, militantes e jornalistas, manifestaram solidariedade à família, exigiram a investigação séria do caso e organizaram manifestações por todo Brasil. Nesse momento uma vigília está sendo realizada no Espaço Plínio, na rua da Lapa, 107, no Rio de Janeiro.
A execução de Marielle é uma das milhares que acontecem todos os dias no Rio de Janeiro. Essa guerra precisa acabar!