“Eu quero ser uma voz coletiva”. Chirley Pankará acredita na coletividade contra o retrocesso
“Eu quero estar com o povo. Eu quero que as portas sejam abertas para os povos indígenas do estado de São Paulo, porque se não fosse assim também não valeria a pena. É deles. É nosso!” Chirley Pankará foi a primeira mulher indígena a ocupar a Assembleia Legislativa de São Paulo como co-deputada pela Bancada Ativista, eleita […]
“Eu quero estar com o povo. Eu quero que as portas sejam abertas para os povos indígenas do estado de São Paulo, porque se não fosse assim também não valeria a pena. É deles. É nosso!” Chirley Pankará foi a primeira mulher indígena a ocupar a Assembleia Legislativa de São Paulo como co-deputada pela Bancada Ativista, eleita em 2018.
“As maiores inspiradoras da minha vida é minha avó Maria Divina, parteira, rezadeira, artesã. Pessoa que me deu força para lutar, para resistir e para ocupar esses espaços”. Chirley também fala de sua mãe como grande fonte de inspiração e as outras mulehres indígenas que também estão se colocando como candidatas também para formar a bancada do cocar, tanto nas Assembleias Leegislativas como no Congresso Nacional. Formada em Técnico em Magistério, trabalhou como empregada doméstica, diarista, e após os 30 anos de idade, cursou Pedagogia e Teatro, e por meiio da Arte e da Educação trabalhou questões ambientais. É mestra em Educação pela PUC e participou do Observatório de Educação Indígena, importante para a implementação da Lei 11.645/2008, que prevê o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígenas.
“É urgente falar das questões ambientais. E urgente porque senão a gente, não sei o que será da humanidade”. Chirley Pankará fala da importância de estar nesse espaço de poder porque os povos indígenas colocam seus corpos, suas vidas para proteger mais de 80% da biodiversidade do mundo inteiro, e no Brasil não é diferente. A questão climática é de fato urgente, e a sabedoria e vivência dos povos originários é essencial para a construção de políticas públicas voltadas para a mitigação da crise climática. Ela também fala de um novo governo e da abertura de diálogo após um período de genocídio e ecocídio que o país passou, e a importância de entender que as soluções não serão imediatas, mas que é possivel ser ouvido também para a reconstrução das nossas instituições e políticas públicas.
“Não adianta dizer que tudo isso é bonito, é inspirador, se não derem a oportunidade de ocupar a Assembleia do estado de São Paulo”. Chirley fala que não basta admirar sua disósição para estar candidata a um cargo no legislativo do estado, mas que é necessário votar, realmente eleger indígenas para que possam ter voz institucional quanto a criação de leis e políticas públicas voltadas para o meio ambiente, o clima, povos indígenas entre outras importantes pautas.
“E te garanto que eu corro junto contigo o quanto você precisar. Mas não deixe de acreditar na mudança da política partidária do país, porque nós não podemos mas voltar a 1500 e tirar os três poderes. Nós precismos reagir. Ou agora, ou todos nós vamos morrer abraçadinhos de fome, em situação de rua e todas as desigualdades possíveis.”
Campanha de Mulher
Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.
A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.
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