Estudantes são agredidos na porta do Ministério da Educação
Erick Corrêa, estudante de 19 anos do Rio de Janeiro participava do ato e foi perseguido por 4 policiais na esplanada e no gramado dos ministérios e na sequência detido por agressão à PM.
Estudantes realizavam manifestação pacífica em frente ao MEC contra os cortes nas universidades e em defesa da educação pública e gratuita quando foram agredidos com cassetetes e spray de pimenta pela Polícia do Distrito Federal.
O ato foi marcado pela União Nacional dos Estudantes na oportunidade da reunião entre reitores e dirigentes do Ministério da Educação para apresentar novo programa de “autonomia financeira” para as instituições. Estudantes, docentes e o movimento estudantil temem que proposta aponte para privatização das instituições e por isso prepararam cartas para serem entregues aos reitores na porta do prédio federal durante o ato.
A manifestação acontecia de forma pacífica com cerca de 50 estudantes que gritavam palavras de ordem e cantavam paródias direcionadas ao presidente e ao ministro pedindo respeito à educação. Iago Montalvão, novo presidente da UNE, puxou um jogral na porta do prédio criticando Weintraub pelo sucateamento das universidades, refletido hoje no corte da energia elétrica da UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso – por falta de pagamento.
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Os estudantes colaram cartazes e adesivos na fachada do edifício e foi esse o argumento utilizado pela polícia para iniciar a confusão. Quando alguns seguranças começaram a tirar os adesivos, os manifestantes gritaram para impedir e então começaram as agressões, primeiro com spray de pimenta e logo na sequência com cassetetes, chutes e socos em estudantes.
Confira o momento exato que iniciaram as agressões:
Erick Corrêa, estudante de 19 anos do Rio de Janeiro, participava do ato e foi perseguido por 4 policiais na esplanada e no gramado dos ministérios e na sequência detido por agressão à PM. Até o momento desta publicação ele se encontra na 5ª Delegacia de Policia do DF e está acompanhado de advogados do movimento estudantil.
Privatização do ensino
Nina Tedesco, presidente da ADUFF – Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense, estava na porta do ministério e reforçou a falta de diálogo do governo com a comunidade acadêmica. O conteúdo da nova proposta apresentada hoje não foi debatido com reitores nem docentes, os principais envolvidos. Para ela, a proposta é uma tentativa de privatização das universidades “Eles querem inviabilizar o funcionamento da universidade publica como a gente conhece hoje. Uma universidade pública que faz pesquisa não voltada para o mercado mas para sim para a sociedade e é isso que esses cortes querem comprometer e que essa proposta quer enterrar de vez. Querem que a gente se autofinancie, vamos ter que buscar na iniciativa privada recursos e aí só vamos fazer o ensino que interessa às empresas.”
Estudantes mobilizados
Ao fim do ato, Iago Montalvão anunciou uma nova mobilização nacional dos estudantes dando continuidade aos tsunamis realizados nos dias 15 e 30 de maio contra os cortes nas universidades e institutos federais e em defesa da educação pública e gratuita