Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, enfrenta uma das mais severas crises de seca do Brasil em 2024, com 124 dias sem chuvas, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) solicitado pelo O Globo. Esta situação reflete um problema mais amplo que afeta diversas regiões do país, demonstrando como a estiagem prolongada está impactando cidades em todo o Brasil.

A pesquisa do Inmet revela que, além de Belo Horizonte, há outras 69 cidades no Brasil que estão enfrentando estiagens que ultrapassam os cem dias sem chuva. Minas Gerais lidera com 25 cidades afetadas, seguido por Goiás com 16. A lista inclui também capitais como Cuiabá, Brasília e Goiânia, com períodos de estiagem variando de 118 a 125 dias.

Em Belo Horizonte, a seca tem gerado consequências significativas tanto para a saúde pública quanto para a economia local. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) registrou um aumento no consumo de energia elétrica entre abril e julho, com o pico de crescimento atingindo 11,8% em julho. O calor extremo e a falta de chuvas têm levado os moradores a utilizar mais ventiladores e aparelhos de ar condicionado, contribuindo para o aumento das contas de luz.

Além do impacto financeiro, a seca está afetando a qualidade de vida na capital mineira. O calor intenso e a baixa umidade têm exacerbado problemas respiratórios e agravado condições de saúde para muitos residentes. O aumento na demanda por água também se reflete em um maior consumo diário, com os moradores de Belo Horizonte enfrentando dificuldades para manter o abastecimento de água necessário para suas necessidades diárias.