O Rio Tapajós, localizado no oeste do Pará, enfrenta uma seca sem precedentes, com o nível da água medindo 1,19 metros em Itaituba e 1,15 metros em Santarém. A situação levou a Agência Nacional das Águas (ANA) a declarar, pela primeira vez, uma crise de escassez hídrica na região. Comparado ao mesmo período de 2023, o nível atual está 1,33 metros abaixo, revelando o agravamento da estiagem que impacta diretamente as populações ribeirinhas e atividades econômicas locais.

Em Alter do Chão, um dos principais pontos turísticos de Santarém, os catraieiros, que dependem da travessia de banhistas para a Ilha do Amor, já sofrem com a paralisação de suas atividades devido ao baixo volume de água. A crise hídrica afeta também as comunidades ribeirinhas, como Aritapera e Lago Grande, onde a falta de água potável e a dificuldade de navegação têm agravado as condições de vida dos moradores.

A seca extrema prejudica tanto o turismo quanto a pesca e o transporte fluvial na região. Com embarcações ancorando a metros de distância do cais e trechos do rio intransitáveis, o Governo Federal reconheceu a situação de emergência em cinco municípios: Santarém, Juruti, Prainha, Óbidos e Oriximiná. Esses locais agora podem solicitar recursos para ações de mitigação através da Defesa Civil Nacional.