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Estelita: Cidade pra quem?
Eram cerca de 8h quando começaram a demolição. Um alvará de demolição e uma placa, ambos no local, são exigências da lei.
por Eric Gomes
25/03/19 – Eram cerca de 8h quando começaram a demolição. Um alvará de demolição e uma placa, ambos no local, são exigências da lei. Caso contrário, ela também determina o embargo do serviço.
Mas em Recife as leis têm aplicabilidade seletiva. Com seguranças armados, agindo como cães raivosos (um deles chegava a espumar pela boca), sob proteção da PM que não os revistou ao receberem a denúncia do Movimento Ocupe Estelita, a construtora Moura Dubeux prosseguiu com a demolição – um armazém inteiro foi ao chão.
Os órgãos competentes para determinar o embargo se jogaram no chão e se fingiram de mortos – A Prefeitura do Recife sob comando de Geraldo Júlio (PSB e quem recebeu “doação” de campanha da Moura Dubex) soltou nota dizendo não haver mais impedimentos legais para o servico embora haja pelo menos 10 processos na justiça – alguns já chegaram ao STJ e STF; A Secretaria de Controle Urbano estava fechada em.plena segunda-feira e não atendeu ao chamado de fiscalização.
O Alvará apareceu por volta das 14:40 com um advogado da Moura Dubeux, a Placa apenas às 17:50.
O Movimento montou acampamento. Hoje saiu decisão da justiça mandando parar a demolição. Os Capangas da construtora continuam armados e no local. O consórcio donos do Projeto Novo Recife é composto pela Moura Dubeux, Queiroz Galvão e Ara Empreendimentos e GL – as duas primeiras já foram alvo da Lava Jato.